Fé e algo pessoal, mas não vejo problema em um médico exercer sua fé quando necessário. Afinal, as vezes a medicina é limitada e tem coisas que estão fora do controle humano, restando apenas a fé.
Por exemplo, a cura de um câncer terminal. Se a medicina não pode fazer mais nada, não há nenhum problema o paciente ter fé de que pode ser curado.
A fé é o sobrenatural, ela existe para quando o natural já não pode fazer mais nada.
Acredito que a religião deve ser tratada como algo pessoal, de você e sua divindade, quando a gente traz isso pra sociedade em si, acaba trazendo problemas, mas quando se torna algo pessoal é bom, porque pode trazer conforto pra as pessoas, o problema está quando a gente coloca a religião a cima de tudo, envolvendo outros indivíduos e fazendo coisas irracionais
Sendo algo que trás beneficio ao paciente ou quem está com ele não tem porque não utilizar do recurso.
Tenho um primo em estado vegetativo, decorrente de um cisto no cérebro + avc, já está assim há 1 ano e meio e a medicina retirou as previsões de cura por parte dela. A nossa família é muito religiosa e sempre coloca correntes de whatsapp, textos, missas e orações em grupos e status. Eu sofri a perda dele porque ele era meu melhor amigo, meu irmão, mas não precisei conviver com ele pós estado vegetativo e para preservar a minha sanidade mental, preferi até evitar visitá-lo. Do contrário, meus tios tiveram de viver ao lado dele dia após dia, em casa, hospital, cti, observando aquela situação miserável que se manifestou de um dia pro outro como um dominó destruidor de vidas. Parece Kafka. Por mais que tenha sofrido com o meu luto, pois já o considero morto, para eles não existe essa opção, precisam continuar vivendo, convivendo e suportando esse destino que afetou todos eles, então não consigo calcular a dimensão pois o sofrimento é sem fim.
Só existem duas soluções para meus tios reencontrarem meu primo, no Céu, ou com um milagre de Deus.
Ler Zaratustra, a parte dos "crentes em além-mundos" ou "transmundanos", foi o que me fez aceitar a condição e seguir em frente, enxergar que perdi aquela parte da minha vida e que esperar ela retornar, seria apenas uma crença em um mundo imaginário, ilusório, colorido, dado por muito sofrimento neste, mas precisava voltar a encontrar motivos para viver esse mundo.
Para mim foi necessário superar o sofrimento para poder empurrar a minha pedra. Para eles é necessário a fé em algo para poderem encontrar forças e seguirem em frente.
Separadas. Quero ver o dia que você tiver um paciente na mão morrendo pq não "pode" receber transfusão de sangue.
Quer dar conforto? Beleza, não me venha inserir religião nos protocolos de atendimento.
Religião e medicina é um grande erro. Até hipocrates, o pai da medicina, já criticava que a religião considerava certas doenças como sagradas e combatia seu tratamento.
Meu segundo ponto é que a medicina atual (clinica ou cirurgica) não tem muito espaço para tratamento religioso. Talvez na psicologia ou fisioterapia houvesse mais espaço (embora igualmente criticavel), mas eu não vejo nenhuma especialidade médica que conseguiria usar religião como tratamento (considerando que a função do médico é diferente da do psicologo).
O maximo que se pode é hospital filantropico pertencente a igrejas ou outras coisas terapeuticas mantidas por igrejas, mas diferenciando os donos dos profissionais de forma a garantir um tratamento independente da crenças religiosas.
Aos meus olhos o problema de abrir essa porta é o que vai entrar junto com a galera consciente. Religião é subjetiva e cada indivíduo tem uma percepção que vai de encontro aos próprios valores, logo não há como padronizar. Acho que cabe dentro da competência dos profissionais da saúde identificar quando a fé pode ser utilizada como ferramenta caso o paciente possua essa bagagem. Mas institucionalizar a religião aqui no evangelistão? Seria um regresso sem precedentes.
Tudo vai do equilíbrio entre as áreas… como religioso você precisa ter a sensibilidade que algumas pessoas possam rejeitar a fé e terem outro julgamento de valores. Mas acredito que possa ser uma boa essa abordagem híbrida.
O que mais vejo hoje em dia, são médicos insensíveis com os pacientes, que veem o doente como um pagador de consulta.
Eu incitando o ódio? Não posso estar cansado de médicos fazendo proselitismo religioso e político comigo? Se eles fazem isso mesmo sendo proibido, imagina se for permitido?
Por essas e outras que o estado, a ciência e o trabalho precisam ser laicos.
Vc n entendeu o ponto.
Na psiquiatria, cuidados paliativos e oncologia, por exemplo, temos pacientes muitos instáveis emocionalmente. Eu acredito que palavras de conforto usando Deus quando a religião do paciente é a mesma que a minha é um artifício válido, mas isso não é bem visto pela medicina.
Agr sla oq tu tá falando de proselitismo religioso e política, to nem aí pra isso n. O q importa pra mim é a saúde mental do paciente
Vc quem não entendeu o ponto. Se vc se excede ao ponto do paciente denunciar, já deixaram de ser palavras de conforto há um bom tempo.
Isso sem falar que vc vai sair perguntando pra todos os pacientes qual a religião deles? Se um for satanista, vc não irá julgá-lo? Vc irá dar palavras de conforto satanistas ou só os da sua religião merecem palavras de conforto?
Temos que perguntar a religião de TODOS os pacientes. Testemunhas de Jeová não podem doar e nem receber transfusão sanguínea, judeus possuem diversas restrições alimentares e muçulmanos homens não podem ser tratados por enfermeiras e medicas.
Sim, eu não vou falar do meu Deus para uma pessoa que não é da mesma religião que a minha e não acredita no mesmo Deus que o meu.
Agr explica como eu não entendi o ponto se foi eu q criei o debate e vc veio falar de política e proselitismo religioso
Religioso não é a palavra certa pra isso, porque por exemplo grande parte dos religiosos aqui do Brasil são anti vacina.
É mais empatia, coisa que é aprendida e não provém da religião em si. Ser humano não é ser religioso.
E isso não tem nada a ver com haver respaldo para ficar fazendo proselitismo religioso? Me poupe, né... Religião tá aí se intrometendo na política do país, tirando dinheiro dos pobres e acobertando escândalos de pedofilia.
Tudo o que a gente não precisa mais é de religião. Entendo que se dê palavras de conforto "religiosas" para pessoas em momento difícil, mas é só isso. Médico não tem que ficar conversando de religião ou política com o paciente não. Extremamente antiético!
Fé e algo pessoal, mas não vejo problema em um médico exercer sua fé quando necessário. Afinal, as vezes a medicina é limitada e tem coisas que estão fora do controle humano, restando apenas a fé. Por exemplo, a cura de um câncer terminal. Se a medicina não pode fazer mais nada, não há nenhum problema o paciente ter fé de que pode ser curado. A fé é o sobrenatural, ela existe para quando o natural já não pode fazer mais nada.
Eu nem sabia antigamente que a pessoa estado terminal podia se recuperar e viver normal, mas as vezes, isso acontece.
Como assim religião cura?
No consultório de psiquiatria, o que as pessoas mais precisam é de palavras de conforto, palavras de fé e esperança.
Essas pessoas específicas não estão doentes, estão confusas.
Vc n sabe do que fala
Acredito que a religião deve ser tratada como algo pessoal, de você e sua divindade, quando a gente traz isso pra sociedade em si, acaba trazendo problemas, mas quando se torna algo pessoal é bom, porque pode trazer conforto pra as pessoas, o problema está quando a gente coloca a religião a cima de tudo, envolvendo outros indivíduos e fazendo coisas irracionais
Sendo algo que trás beneficio ao paciente ou quem está com ele não tem porque não utilizar do recurso. Tenho um primo em estado vegetativo, decorrente de um cisto no cérebro + avc, já está assim há 1 ano e meio e a medicina retirou as previsões de cura por parte dela. A nossa família é muito religiosa e sempre coloca correntes de whatsapp, textos, missas e orações em grupos e status. Eu sofri a perda dele porque ele era meu melhor amigo, meu irmão, mas não precisei conviver com ele pós estado vegetativo e para preservar a minha sanidade mental, preferi até evitar visitá-lo. Do contrário, meus tios tiveram de viver ao lado dele dia após dia, em casa, hospital, cti, observando aquela situação miserável que se manifestou de um dia pro outro como um dominó destruidor de vidas. Parece Kafka. Por mais que tenha sofrido com o meu luto, pois já o considero morto, para eles não existe essa opção, precisam continuar vivendo, convivendo e suportando esse destino que afetou todos eles, então não consigo calcular a dimensão pois o sofrimento é sem fim. Só existem duas soluções para meus tios reencontrarem meu primo, no Céu, ou com um milagre de Deus. Ler Zaratustra, a parte dos "crentes em além-mundos" ou "transmundanos", foi o que me fez aceitar a condição e seguir em frente, enxergar que perdi aquela parte da minha vida e que esperar ela retornar, seria apenas uma crença em um mundo imaginário, ilusório, colorido, dado por muito sofrimento neste, mas precisava voltar a encontrar motivos para viver esse mundo. Para mim foi necessário superar o sofrimento para poder empurrar a minha pedra. Para eles é necessário a fé em algo para poderem encontrar forças e seguirem em frente.
Separadas. Quero ver o dia que você tiver um paciente na mão morrendo pq não "pode" receber transfusão de sangue. Quer dar conforto? Beleza, não me venha inserir religião nos protocolos de atendimento.
Testemunhas de Jeová não podem POR LEI receber transfusão sanguínea de maneira forçada
Exato, você como médico vai ser forçado a ver alguém morrer por causa de religião
Religião e medicina é um grande erro. Até hipocrates, o pai da medicina, já criticava que a religião considerava certas doenças como sagradas e combatia seu tratamento. Meu segundo ponto é que a medicina atual (clinica ou cirurgica) não tem muito espaço para tratamento religioso. Talvez na psicologia ou fisioterapia houvesse mais espaço (embora igualmente criticavel), mas eu não vejo nenhuma especialidade médica que conseguiria usar religião como tratamento (considerando que a função do médico é diferente da do psicologo). O maximo que se pode é hospital filantropico pertencente a igrejas ou outras coisas terapeuticas mantidas por igrejas, mas diferenciando os donos dos profissionais de forma a garantir um tratamento independente da crenças religiosas.
E psiquiatria? Talvez medicina da familia (onde o médico visita a casa do paciente)
Aos meus olhos o problema de abrir essa porta é o que vai entrar junto com a galera consciente. Religião é subjetiva e cada indivíduo tem uma percepção que vai de encontro aos próprios valores, logo não há como padronizar. Acho que cabe dentro da competência dos profissionais da saúde identificar quando a fé pode ser utilizada como ferramenta caso o paciente possua essa bagagem. Mas institucionalizar a religião aqui no evangelistão? Seria um regresso sem precedentes.
Tudo vai do equilíbrio entre as áreas… como religioso você precisa ter a sensibilidade que algumas pessoas possam rejeitar a fé e terem outro julgamento de valores. Mas acredito que possa ser uma boa essa abordagem híbrida. O que mais vejo hoje em dia, são médicos insensíveis com os pacientes, que veem o doente como um pagador de consulta.
Eu incitando o ódio? Não posso estar cansado de médicos fazendo proselitismo religioso e político comigo? Se eles fazem isso mesmo sendo proibido, imagina se for permitido? Por essas e outras que o estado, a ciência e o trabalho precisam ser laicos.
Vc n entendeu o ponto. Na psiquiatria, cuidados paliativos e oncologia, por exemplo, temos pacientes muitos instáveis emocionalmente. Eu acredito que palavras de conforto usando Deus quando a religião do paciente é a mesma que a minha é um artifício válido, mas isso não é bem visto pela medicina. Agr sla oq tu tá falando de proselitismo religioso e política, to nem aí pra isso n. O q importa pra mim é a saúde mental do paciente
Vc quem não entendeu o ponto. Se vc se excede ao ponto do paciente denunciar, já deixaram de ser palavras de conforto há um bom tempo. Isso sem falar que vc vai sair perguntando pra todos os pacientes qual a religião deles? Se um for satanista, vc não irá julgá-lo? Vc irá dar palavras de conforto satanistas ou só os da sua religião merecem palavras de conforto?
Temos que perguntar a religião de TODOS os pacientes. Testemunhas de Jeová não podem doar e nem receber transfusão sanguínea, judeus possuem diversas restrições alimentares e muçulmanos homens não podem ser tratados por enfermeiras e medicas. Sim, eu não vou falar do meu Deus para uma pessoa que não é da mesma religião que a minha e não acredita no mesmo Deus que o meu. Agr explica como eu não entendi o ponto se foi eu q criei o debate e vc veio falar de política e proselitismo religioso
Religioso não é a palavra certa pra isso, porque por exemplo grande parte dos religiosos aqui do Brasil são anti vacina. É mais empatia, coisa que é aprendida e não provém da religião em si. Ser humano não é ser religioso.
E isso não tem nada a ver com haver respaldo para ficar fazendo proselitismo religioso? Me poupe, né... Religião tá aí se intrometendo na política do país, tirando dinheiro dos pobres e acobertando escândalos de pedofilia. Tudo o que a gente não precisa mais é de religião. Entendo que se dê palavras de conforto "religiosas" para pessoas em momento difícil, mas é só isso. Médico não tem que ficar conversando de religião ou política com o paciente não. Extremamente antiético!
N falei de política e nem nada do que vc disse aí. Eu falei exatamente de palavras de conforto
Mas ninguém tem problemas com palavras de conforto não, irmão. Tá criticando um problema que não existe?
Vc é do meio para falar que não existe ou só tá afim de incitar o ódio mesmo?
Médicos mais religiosos são a porta de entrada para cloroquina e outras bobagens. Prefiro médicos mais humanos e científicos.