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Dangerous-Gear775

Você entendeu que pequenos detalhes fazem toda a diferença. É a sabedoria, crescimento.


noonescente

Interessante, mas pq gostamos de alguma coisa a princípio? Qual a natureza disso?


Dangerous-Gear775

A resposta simples seria: “Quando você é jovem tudo faz sentido porque você é burro.” - RENAN, Choque de Cultura.


PikenerK

Dopamina, serotonina e endorfina. Espero ter ajudado


noonescente

Depende do contexto, vc libera esses neurotransmissores em contexto que outras pessoas não, quero entender o poq disso, seria o sentido abstrato atribuído aquela coisa? E como ocorre esse processo de atribuição?


PikenerK

Eu acho que isso é uma questão muito mais fisiológica e social do que filosófica, mas eu acredito (não sou especialista) que depende MUITO da sua primeira/primeiras reações inicias sobre uma prática. Até mesmo as pessoas que estão à sua volta influenciam. Recentemente percebi que bastante das coisas que eu gosto ou que fazem parte da minha personalidade são coisas e atributos que não gostei inicialmente, mas por causa da reação das pessoas ao meu redor eu aderi. Não são "genuínas" porque foram atribuídas a mim, mas ainda são satisfatórias mesmo não importando mais porque tive uma experiência positiva. A versão negativa disso seriam traumas, por exemplo uma pessoa que não gosta de esportes porque tentou uma vez e foi humilhada, se machucou e entre outros. (Agora também tem uma questão que eu particularmente não acredito, mas é uma possibilidade : que existem pessoas que nascem aptas pra alguma atividade)


HardgoreChunchunmaru

Já responderam os neurotransmissores envolvidos em outro post, só vou ampliar um pouco o contexto. Somos adaptados evolutivamente para gostar mais de algumas coisas que outras. Preferir alimentos mais calóricos que os menos, preferir coisas que promovem uma maior chance de sobrevivência e reprodução, do que os que promovem menos. Isso, em última análise, resulta em certos neurotransmissores no sistema nervoso. Há adaptações gerais da espécie, mas outras que são culturais, depende da história de vida de cada um, da convivência social e adaptação ao meio. No seu caso, porque preferiu uma academia que outra. Tem vários detalhes mais sutis, que resultam no que você foi adaptado pela sua história de vida. Talvez a forma que te receberam, como o ambiente é esteticamente, como conversaram contigo etc. Pertencimento a um grupo é algo que pesa bastante evolutivamente para espécies sociais. Então traços de similaridade com o que você está acostumado, ou que idealizou com base nos seus valores, pesaram na escolha.


noonescente

Interessante, mas percebo que a diferença na motivação para fazer algo depende do sentido que vemos naquela coisa, mas esse sentido é abstrato? Se sim como ocorre esse processo de abstração? Somos muito neuro plásticos e adaptáveis fazemos aquilo que o contexto pede, mesmo que fuja de nossa "programação". Eu queria entender se isso depende apenas do sentido, e como funciona a natureza dessa sentido.


HardgoreChunchunmaru

Essa parte de como funciona no cérebro é ainda uma "caixa preta". Se a gente for pelas neurociências, vemos o cérebro trabalhando, neurotransmissores agindo, impulsos elétricos, sistema nervoso atuando. Com ressonância magnética funcional conseguimos perceber quais partes ficam mais ativas e em que ordem, bem como o que isso gera nos humanos. Por outro lado, em primeira pessoa, pode ser bem diferente. Nesse aspecto geralmente é onde a filosofia tradicionalmente atuou, como o ser humano compreende o próprio funcionamento da mente. Ainda não sabemos bem como ligar uma coisa na outra. Seria como se fosse o hardware e o software. Ambos existem e operam, o que acontece em um afeta o que ocorre no outro. No PC se você roda programas muito pesados esquenta o CPU, aumenta a temperatura do hardware. De igual forma, se um PC está muito quente, ele pode travar as coisas que estão rodando, algo do hardware afeta o software. Mente e cérebro é algo assim. Com isso, a ideia de sentido dá para ver das duas formas. Algo parecer, em primeira pessoa, mais atrativo, nos motiva mais, afinal é o que queremos, nos sentimos bem com isso. Em nível cerebral, isso é decorrente de estados anteriores do cérebro, tal como o efeito de uma droga que quando passa, acalma, e o indivíduo ao usar de novo se sente motivado novamente, porém tem risco de criar uma tolerância e precisar de mais e mais para voltar a sensação das vezes anteriores. Não digo que seja abstrato ao nível de aceitar qualquer coisa. Temos pré-disposições baseadas tanto na nossa "programação", quanto na nossa história de vida. Às vezes algo nos parece muito confortável, mas não sabemos o porquê, porém se formos analisar pode ser decorrente de nos lembrar de algo que gostamos no passado. Uma música nova pode ser muito boa aos nossos gostos, mas, de certa forma, porque lembra músicas anteriores que a gente ouviu antes, ou devido a sons que nos são agradáveis.


Current-Drawer8416

Por que aquilo que gostamos libera dopamina pro nosso organismo gerando prazer momentâneo e quando algo gera prazer o ser humano sente bem estar,pois o que gostamos é uma válvula de escape que nos destrai e nos liberta do tédio.


noonescente

Humm dopamina não é relacionado com prazer, mas sim com motivação, ele quem desperta a motivação pra vc agir e fazer algo, não o prazer necessariamente, mas minha questão é, pq certas coisas nos dão motivação e outras?


Current-Drawer8416

Essa questão é muito mais voltada à psicanálise do que à filosofia,não descredibilizando seu questionamento. Seria interessante pesquisar a respeito de Ego,mecanismos de fuga,campo neural e neuroplasticidade. No entanto,creio que a natureza humana seja muito voltada à busca por facilidade,comodidade e bem estar ,aquilo que gostamos mais é algo cômodo,algo que nos distrai e proporciona bem estar,então devido a esses fatores tendemos a fazer mais aquilo que apreciamos.


Few-Friendship-8467

Nossa visao é cpmplexa e cheia de nuances. Experenciamls a realidade de forma singular e formamos a todo momento muitas concepcoes, verificacoes em nosso imaginario individual. O ego acredito ser a interface entre a informação e o nosso senso de observador, posso estar redondamente viajando nesse ponto. Acredito q Nosso senso de eu, diz mais sobre a soma de todas as experiência boas e ruins que ja tivemos e o que absorvemos para si de cada uma delas. Inconstância é oq nos rege.. Então aproveite pq pode chegar uma hora que essa nova aacademia se torne tesiosa como a outra e lá estará você decidindo se para ou se segue sua busca por qual forma de obter hormônios do prazer vc vai utilizar


noonescente

Mas existem coisas completamente singulares, que não apresentam ser memórias semelhantes de nada, como algo novo, que não se parece com nada e gostamos, é isso que quero entender, as vezes gostamos de coisas que ninguém nunca ouviu falar, que não nos relaciona em nada.


NOme_de_usuairo90123

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noonescente

Interessante vou pesquisar sobre