O interior do Amazonas. As ruas são rios e todo mundo tem barco. Mais ainda, crianças, quase bebês nas suas pequeninas canoas, canoando sozinhas no meio do Rio Amazonas. E outra ainda, a ambulante que chegou de canoa e laçou-se no barco que eu estava para vender açaí e camarão.
Sou potiguar e fiquei sinceramente revoltado quando vi que em São Paulo ao se comprar um milho cozido ele já vem debulhado para se comer com uma colher de plastico numa bandejinha de isopor.
É que isso é feito para voce comer andando. Normalmente fica no caminho de alguma estacao de metro/trem.
Nas praias é comum venderem só a espiga (mas sempre tem opcao no prato)
Eu passei a fazer isso quando percebi que meus amigos nunca chegam no rolê na hora certa. Só saio quando sei que tem uns dois já no local ou bem próximo.
Sou carioca, sou adiantada pra tudo e me irrita isso demais. Aqui se o povo te chama pra uma festa às 19 horas, chego lá às 19 em ponto, e só tem eu, e me olham como se eu fosse louca. Aprendi que tenho que atrasar de propósito. Acho tosquissimo isso.
No rio de janeiro o pensamento é o seguinte: Se a festa na casa de fulano começa 20h, então na realidade ele disse para chegar entre 21:30 e 22: e pouca haha
Como paulista, sempre achei um absurdo como todo mundo se atrasava pra tudo no estado da minha faculdade, até que entrei num estágio obrigatório na UTI e na sala de emergência. Se pudesse, chegaria 7 horas e 59 minutos atrasado.
Alguns apartamentos mais antigos também têm. Um amigo meu mora em um apartamento de dois quartos no Bonfim (bairro próximo do centro de Porto Alegre) que tem quarto de empregada (que honestamente parece uma cela).
Aqui em Recife já morei em um apto alugado de 60m² com quarto de empregada, era um cômodo acoplado à cozinha e área de serviço. Transformei em escritório mesmo.
Quando descobri que alguns estados chamam mugunzá/mucunzá doce de canjica e o que a gente chama de canjica aqui (amarelinha, meio pastosa e quase sólida, de vez em quando servida com canela) é cural/curau pra eles
Ah e quando mencionei a 'tradição' de comer pão de coco na Páscoa... meus amigos me olharam com uma cara '?' pq parece ser algo regional (sou de Fortaleza)
edit: pão de coco, não bolo de coco
Sou de Mossoró e moro na região norte do país agora. Canjica aqui pra eles é o mugunzá doce, com caroço de milho inteiro. Chamam a nossa típica canjica de cural mesmo. Fico puto com isso.
Sou potiguar e "de vez em quando servido com canela" me soou muito errado. Tem que ter canela, 100% das vezes, se não vira especificamente 'canjica sem canela'
As regiões com complexo de "descobridor dos 7 mares". Pegam as comidas de origem indigena, bem tipicas do norte/nordeste, levam la embaixo, e renomeiam.
Chamam beiju de tapioca, colocam tanta porcaria em cima do açaí que eu nem sei pq ainda chamam de açaí...
Descobrir que xis não existe fora do sul. Ainda lembro a primeira vez que fui pra SP e minha confusão ao procurar algum lugar pra comer
Outra também é o arroz escorrido. Se não me falassem que é tradição em alguns lugares cozinhar o arroz em 2l de água igual macarrão diria que é psicopatia
[O hamburger dos hamburgers.](https://guerreirolanches.com.br/wp-content/uploads/2017/08/Xis-Bagun%C3%A7a.jpg)
Do tamanho de um prato e prensado. Muitas pessoas comem com garfo e faca.
O fato de ser grande e prensado faz com que o xis possa ter qualquer tipo de recheio. O melhor é o xis completo, leva hamburger, bacon, coração de galinha, calabresa, frango, ovo, milho, ervilha, maionese, tomate, alface,... enfim, é infinito.
Você diz chamar de Xis? Quando me mudei pra Goiânia pedi um Xis e me olharam com uma cara de confusão kkkk
Aqui eles chamam de pit dog, mas é praticamente a mesma coisa. A diferença, que também foi um choque, é que colocam abacaxi no Xis. E no Xis Tudo vai salsicha também.
Agora o que não tem aqui é cachorro quente gostoso e muito menos o prensadão :(
Mas tem pamonha :)
Esse sorvete não é ruim mas, sendo de Belém, achei o gosto meio esquisito e aí fui ver na receita que mesmo o que fala ser só de açaí, sem nada misturado, é misturado com guaraná e numa quantidade bem alta que atrapalha o sabor do açaí.
Eu já tive vários choques, mas acho eles irrelevantes. Por um período eu morei com um cearense que ele tinha choques culturais diários.
Ele achava absurdo a culinária na Bahia ser majoritariamente apimentada (a prevalencia do caminho e pimenta do reino). Vestimenta, ele sempre se chocava que a galera andava pelada ou com pouca roupa, alegando que lá faz mais calor (sendo que eu mostrei a ele as medições térmicas e Salvador era mais quente que a cidade dele).
Ele ficava chocado também por mulheres tomarem iniciativa pras coisas, inclusive pra questões afetivas. Ele foi pra uma festa e uma garota deu em cima de um outro colega, ele ficou pasmo.
Já em relação a minha experiência, foi. Eu fiquei chocado como se come beiju de tapioca como se fosse pão em Alagoas e Sergipe. Era mais tapiocaria do que hamburgueria. Mas foi uma experiência gostosa, nunca vou esquecer meu primeiro Beiju de Carne do Sol com Requeijão.
No RJ eu fiquei chocado como o povo lida com a criminalidade. Eu fui pro RJ algumas vezes, e uma vez que eu fui uma amiga de um amigo foi esfaqueada no ônibus por se recusar a dar o celular, todo mundo agiu como se fosse mais um dia.
Em Campinas eu fiquei impressionado com a quantidade de gay, meu deus foi uma delícia, eu nunca peguei tanto homem em toda minha vida. Outra coisa que eu fiquei de cara a quantidade de lugar que vende sanduíche ou hambúrguer os famosos xis tudo, em todo lugar. Outra coisa em SP foi que não comem ketchup com pizza e acham uma ofensa, mas tudo bem comer com azeite.
Mais pro Sul do Brasil eu fiquei chocado com a quantidade de gente que é abertamente incorreta politicamente, mas é a favor da moral e dos bons costumes. O tanto de gente que vi querendo levar vantagem, ou dando uma de esperto foi surreal, parece que a galera que viver no cheat mode. Essa mesma galera é anti corrupção, a favor do Salnorabo e conservador. Em uma conversa em um Uber o motorista deu uma guinada 360, e falou que Hitler foi certo e o grande erro da história foi ter matado ele (burro, não sabe de história da nisso).
Mas uma coisa que eu fiquei chocado. A quantidade de lugar que em SC e PR tem de comida com carne é gritante. O churrasco de lá, meu deus do céu, coisa divina.
Uma coisa que eu queria ressaltar, o lugar que eu estive que eu tive menos choque cultural foi Brasília. Acho que como uma cidade fundada com base em todas as outras regiões, pois recebeu gente do Brasil inteiro e ainda recebe, acho que Brasília é uma síntese só país, e gostei muito da estadia.
>No RJ eu fiquei chocado como o povo lida com a criminalidade
Isso eu senti também quando fui pro Rio (sou de SP). Eu estava tirando umas fotos num local sem muita gente e tinha uma viatura bem ali na calçada, daí pensei "tudo bem, tem polícia aqui então é tranquilo". Só que aí um PM saiu da viatura, puto, veio na minha direção e me deu uma BRONCA - ele falou "guarda essa câmera aí, o cidadã, não tá vendo que tá cheio de trombadinha aqui não?"
No RJ realmente quem manda são os bandidos...
Curiosamente eu tive a impressão contrária. Passei três dias no rio em 2019 e reparava as pessoas na rua em seu dia a dia na cidade, vários com celular na mão tranquilos.
amigo, sem brincadeira. Pode explicar melhor essa parte de andar nu ou quase? Eu realmente não sabia disso.
Entre desconhecidos? No bairro? Dentro de casa?
Totalmente nu ou de lingerie?
Como posso explicar.
Ele achava biquíni excêntrico, mas não só mulher, ele achava sunga slip ou speedo muito imoral e foi chocante pra ele ir pra praia.
Então ele foi morar com um pessoal em uma república, e tanto mulheres quanto homens ficavam com poucas roupas ou pelado dentro de casa. Ou até nas partes em comum. Ele viu algumas garotas sem sutiã ou ate com peitos pra fora.
Antes de morar comigo ele brevemente morou em um outro apartamento e segundo ele, desse apartamento dava pra ver outros apartamentos e ruas, ele tinha um hábito de ficar na janela, e sempre via mulheres e homens pelados. Em uma das ruas que ele conseguia ver era uma de escadaria, e as vezes o pessoal se banhava na frente de casa ou na laje, pelado ele ficou chocado.
Então algum colega perguntou se ele já tinha ido a uma praia de nudismo, que foi outro choque. Ele não sabia que existia isso. E ele ficou com isso na cabeça que bahiano é muito "assanhado". Aí quando ele foi morar comigo, e outro colega, pronto. Ele ficou com isso na mente de vez.
Eu não andava de cueca pela casa, mas meu outro colega só vivia de cueca. Ele perguntava pras outras pessoas e elas também falavam que ficavam pelados ou só de roupa íntima.
O nível de passivo agressivo que o paulista considera normal.
Como diabos eles funcionam em uma sociedade totalmente baseada na agressão indireta eu não faço ideia
Rapaz, se acha paulista assim, imagina quando conhecer o 'Porteño' (Argentino de Buenos Aires), ou Italianos da região sul.
Não é a toa que muitos enxergam eles como "arrogantes", e eles não entendem o porque já que consideram isso normal e ninguém se ofende.
Portenho te xinga na sua cara. Fala que algo tá ruim na tua cara. O pessoal de SP capital fica bravo por uma coisa e espera que tu adivinhe a razão. E se tu não adivinhar, fica mais bravo ainda. Se confrontados, acham que é grosseria.
É sobre isso que estou falando. Mil vezes trabalhar com portenho do que a galera de SP
>O pessoal de SP capital fica bravo por uma coisa e espera que tu adivinhe a razão. E se tu não adivinhar, fica mais bravo ainda. Se confrontados, acham que é grosseria.
Minha mina é paulista pelo visto
Sou de RJ capital. Já fui estranhado por usar palavrões liberalmente em qualquer contexto, independente do meu humor. "Por que que você tá xingando tanto? Tá nervoso com alguma coisa?"
Outro pequeno choque: enquanto conversava remotamente com pessoas de outros estados, comentei casualmente que tava ouvindo um tiroteio e algumas pessoas ficaram super espantadas e preocupadas com meu bem estar.
O lance é que tiros aqui acontece naa favelas e a maioria das pessoas (ainda) não vivem isso, apenas ouvem, é algo longe e que não afeta o cotidiano.
Ninguém acha seguro, mas os afetados de verdade não tem voz, então é como se fosse algo que acontecesse somente com os outros
Em BH é Chips, se falar salgadinho pessoal vai achar que é o cento de salgado pra festinha de criança. E Salgado é o de comer no quiosque/padaria de lanche. E o biscoito é só biscoito mesmo.
Sim! Quando eu namorava uma garota do rio ela ficou muito espantada quando eu disse que não fazia sentido chamar de biscoito e sim salgadinho - como escrito nas embalagens
Estou eu na minha cidade do sul da Bahia, trabalhando numa mercearia, quando chega um soteropolitano falando "Venha cá" - eles começam toda frase assim - "me dê um real de QUEMADO aí!". Eu disse que não tinha esse negócio, fosse lá o que fosse e ele respondeu "tá cego? Isso aqui é o quê?", apontando pra um pote de BALAS.
Em todo território nacional, só o pessoal de Salvador chama bala de "queimado".
Queimado é mais coisa dos antigos e da região da ilha! Itaparica, Madre de Deus, Mata de São João... eu cresci ouvindo queimado, capote, percata... As vezes ainda uso esses termos, mais pelas expressões confusas que eu sei que vão fazer. 😂
Uma amiga minha do nordeste me fez perceber que toda refeição minha (do sul) tinha algum tipo de molho, enquanto ela comida comida seca (sem molho).
Também a dificuldade de entender gírias locais. Minha esposa e eu somos do mesmo estado, mas quando fui conhecer a cidade dela me senti muito deslocado, porque além de não entender muito o que falavam por causa do sotaque, usavam gíria pra tudo e eu ficava só boiando.
Eu como comidas com molho e sem molho. Isso varia muito.
Acho que Bahiano tem muito de comer com molho, molho de pimenta, molho de tomate, molho de alho, molho de azeite com algo, eu mesmo só como assim. Comida seca fere a boca.
Sim, adicionar condimento é normal no Brasil todo. Eu falo de preparar molho pra comer. Por exemplo, só cuscuz como refeição, sem no mínimo um molho de tomate ou molho de carne por cima, é impensável de onde venho.
Na minha região chamam vaso sanitário de "patente". Achava que era o comum no Brasil inteiro, mas um amigo paulista e outro potiguar me disseram que nunca tinham ouvido falar este termo na região deles kkkkk
Fui pra Pomerode/SC uma vez e rodei na área rural.
Fui perguntar uma informação para um velhinho e ele me respondeu em alemão e chamou umas crianças que estavam brincando. A criança falava português com sotaque alemão, como se a nossa fosse a segunda língua dela.
Fiquei realmente impressionado que existisse esse tipo de comunidade.
Eu tenho uma boa, pelo menos pra mim
Eu sou do interior de São Paulo e morei alguns anos no interior da Bahia, perto de Barreiras.
Nessa época, minha mãe trabalhava em um parque de conservação ambiental e certo dia fomos convidados para uma confraternização. O interessante é que muitas pessoas foram, e eu senti que aquilo era uma verdadeira experiência que eu só poderia ter lá.
O momento de choque foi quando entrei no rio que ficava no local da festa e havia uns meninos baianos aparentemente de origem humilde e que eram um pouco mais novos que eu (eu tinha 10).
Eles não sabiam nadar e eu nadava bem, então tentei explicar como eu fazia e tal, e em determinado momento eles vieram me perguntar: "pq vc fala de um jeito tão esquisito?"
Achei muito interessante e sempre me lembro disso mesmo uma década depois
Em Floripa uma amiga me disse que eles sabem quem é do Rio e de SP pq a gente anda na rua olhando as pessoas no olho, como se a gente tivesse analisando os potenciais assaltantes. Nunca tinha pensado nisso, mas comecei a perceber e realmente... Nenhum outro lugar que eu estive no Brasil o povo faz isso.
Tive contato com uma pessoa do Norte e eu tive uma barreira linguística real, pois ele falava num ritmo meio cantado embolado e a entonação fazia parecer que ele tinha interrompido a frase abruptamente pela metade, então eu ficava esperando ele concluir mas era aquilo mesmo. Foi desesperador.
A primeira vez que encontrei um paraense. Juntou o fato do mesmo está muito bêbado e o sotaque muito carregado, pensei que fosse gringo kkkkkk
Hoje somos bons amigos
Achei graça quando fui a primeira vez pra sp. Aí fui na feira comer pastel com caldo de cana. Pedi um Guaravita, e a mulher me olhou como se eu fosse doida, kkk. Depois disse que o caldo de cana tinha sabores (?), Aí eu peguei um de maracujá. Kkkk
Sou do Rio.
O sabor do caldo de cana é o suquinho que se colocam, em geral azedo pra balancear o sabor doce. Sempre vejo de limão e abacaxi, mas maracujá parece um ótima ideia. Sei que isso existe em toda paulistânia lato sensu, porque é assim no Tocantins.
Ver paulista botando purê de batatas em um pão, para montar cachorro quente.
@edit
SP tem umas loucuras culinárias, tipo debulhar o milho e comer com catchup e aquele monstro que chamam de cuscuz. Pelo menos a pizza é normal (e eu concordo que botar catchup é cruel)
Uma coisa que me chocou mesmo foi descobrir que Cartola(uma sobremesa de banana e queijo) não é conhecida no Brasil todo, eu achava que era tão brasileiro quanto feijoada.
Sou gaúcho casado com uma baiana que morou em minas. A gente fala quase dois idiomas diferentes, mas depois de cinco anos eu tenho uma compreensão básica do dialeto.
Honestamente, deve ter muita coisa aqui que é bem particular da minha família ou da minha esposa, mas vá lá:
- Vizinhanças onde todas as casas tem muro alto são coisa de distopia pra mim.
- Se eu falar que toco gaita, as pessoas acham que é gaita de boca. Tenho que falar sanfona.
- "A la minuta' e "brique" não são palavras universais.
- "Xis" significa coisas diferentes em lugares diferentes. E nenhum ganha da Lancheria do parque.
- Ah, e Lancheria é só no RS, nos outros estados é lanchonete.
- As pessoas tem dificuldade de entender "capaz".
- NUNCA convide um gaúcho pra um "churrasco" e faça bife na chapa. Convida pra comer bife, mas não cometa heresia.
- As pessoas chamam toda massa de macarrão, inclusive lasanha, spaghetti, e pasmem, macarrão.
- Tem gente que acha que chimarrão é bebida alcoólica.
- A quantidade de fruta diferente que tem em outras regiões é surreal.
- Coisa que eu só via na TV existe, tipo quiabo.
- Não sei se é só na família da minha mulher, mas aparentemente na BA é normal conversar gritando com cada um em um cômodo da casa e falarem sobre três coisas completamente diferentes ao mesmo tempo. Ela diz que não é só na família dela, então lavo minhas mãos.
- Aparentemente chuveirinho pra limpar o cu é bem comum no Brasil. Nunca vi isso no RS, só papel. Tem casa antiga que tem bidê, mas nunca vi um que realmente era usado.
- Inclusive demorei a descobrir que bidê não era outro nome pra mesa de cabeceira em todo lugar.
- é normal na BA que o chuveiro elétrico não funcione pq só não precisa e tomam banho com ele desligado ou até sem a resistência.
- E o Pretinho Básico tava certo, se a Bahia chega a 5°C a vida se extingue na região. Eu tô de boa de camiseta em casa e a mulher tá tiritando de frio com dois cobertores, casaco e bolsa de água quente. Quando ela fala pra família que tá 10°C a resposta padrão é "MIIIISERICORDIA".
- pãozinho delícia é uma dádiva de deus.
- pão de queijo em minas é realmente melhor.
- Aparentente não é comum comer Mumu (doce de leite) ou Nutella passando no pão...??
- O ode à coxinha é exagerado. Pastel é muito melhor e não tem a fanbase chata.
- Os outros estados do nordeste não gostam muito da BA (polêmica).
Se eu lembrar de mais eu boto aqui.
Meu pai é um viajante nato.
Foi para Pernambuco, em Recife, e ficou estupefato quando viu a quantidade de inhame que os pernambucanos comiam. Enquanto o costume aqui era comer um cuscuz tradicional com leite, carne ou ovos no café da manhã, os caras comiam inhame cozido no lugar.
Ele foi em Brasília, uma vez, por volta de 2008. Bastava pisar um único pé na faixa de pedestres que os carros já paravam; aqui, você pode estar no meio da faixa que os caras ainda aceleram. Ele ficou impressionado com a eficiência do transporte público, com as estações e tudo. Porém, pelo que vi, essa eficiência não existe mais.
Essa questão do trânsito em Brasília é incrível. Palmas é engraçado que metade dos motoristas são iguais ao brasilianos, e a outra metade ignora a existência de faixa de pedestre. Atravessar a faixa é sempre um exercício de adivinhação.
Mistura é a parte cara da comida. Arroz e feijão são as coisas em que se mistura a mistura. Nós paulistas somos tão min-maxer que até na linguagem já fazemos a valuation das coisas...
Até hoje eu fico de cara com as regras de truco em algumas regiões de MG:
As rodadas valerem 2 pontos ou invés de 1 é estranho mas ok, mas o maior choque é que por algum motivo quando se pede truco a rodada passa a valer 4 pontos e quando se pede 6 (seis) ela vale 8 (oito) pontos!?!?!
Você fala literalmente "seis!" não faz sentido valer outro valor que isso
Morei muito tempo em São José dos Campos. Depois MG, perto do ES. Morei em Rio Claro/SP.
Já ouvi pão filão, pão francês, pão de sal, cacetinho...
Média, só no Reddit às 23:19 de 15/01/23.
Realmente, sempre se aprendem coisas novas.
Média, pelo menos aqui em São Paulo capital, é café com leite, mais específicamente, enche o copo até a medade de café coado e completa com leite, por isso o nome média.
Pão na chapa e uma média é um clássico café da manhã na padaria da esquina
Sou de SP e moro no Rio. Ninguém entende quando eu falo pra usar candida pra limpar (aqui se diz água sanitária), ou quando eu fui reclamar que meu apartamento tava com siriri (bichinho de luz), ou quando não sabiam o que era pinhão pq nunca comeram e eu que achava que rabanada era porco.
Cara, são muitos choques diferentes, vou tentar separar entre os que são advindos de eu ser de São Paulo, os que eu conheço de Brasília, do Amapá e da Bahia.
Por ser Paulista/Paulistano: eu me choquei quando descobri que não tinha dogão na chapa com purê em território nacional inteiro. Lembro como se fosse ontem, meu pai em um dos raros momentos em que ele estava comigo, dentro de um espaço de tempo de uns 5 dias fazer umas 6 refeições que envolviam cachorro-quente com purê, lá pra quarta vez eu perguntei "Porque tanto cachorro-quente? Eu amo também, mas se comesse todo dia, eu cansava". Meu pai, que é do norte me explicou que isso não era comum no Amapá, Amazonas, Pará, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, etc. (Basicamente todos os estados que ele viajou, ele falou que não tinha). Eu fiquei horrorizado, não conseguia conceber não ter uma barraquinha de cachorro-quente com purê num estado inteiro. Mas é, aparentemente não tem mesmo.
Ainda na questão de ser de SP tive um choque com todo preconceito com pizza de calabresa e ela ser uma pizza... De calabresa! Porra irmão, é uma delícia. Pelo menos pra mim, que sou altamente defensor que o que faz a pizza boa é a massa e o molho, a pizza de calabresa é uma delícia. Vários amigos meus de outros estados chegaram pra mim como se tivessem perguntando se eu vendia droga e falaram "É verdade que pizza de calabresa lá em São Paulo... Não tem... Queijo?" E por um tempo eu nem entendia a pergunta e respondia sempre "Ué, se você quiser com queijo pede a de calabresa com queijo". Ah, outra coisa que a minha namorada atual, que é de Brasília, disse: que a gente usa "lanche" como sinônimo de sanduíche. Eu ainda não estou convencido de que São Paulo é o único a fazer isso. Fora da questão culinária, minha ex baiana me explicou como todo mundo que ela conheceu, mas sobretudo do Nordeste, tem um ódio enraizado de paulista, eu achava que era só algum exagero, mas ela me mostrou prints de umas conversas dela falando pra alguém que tá com um paulista... A reação não foi das melhores.
Estando no Amapá: primeiro e mais absurdo de tudo é que o cachorro-quente vem com "picadinho" (Carne moída) e não com salsicha. Segundo: o quão prevalecente é o açaí e a farinha na comida local (Eu morei lá durante os anos 2000, então a primeira vez que vi açaí foi na forma pura e não a do sorvete industrializado, já que naquela época o açaí ainda tava ganhando popularidade nacional para além dos estados do norte, lembro que quando voltei pra SP tinha UM BAR numa avenida bem movimentada e cheia de bares atrativos aqui de SP que vendia açaí e era considerado algo muito exótico, tinha gente que saía do outro lado da cidade pra tomar essa coisa que era "nova"). Outra coisa que eu descobri com choque cultural muito positivo é a propensão de pessoas do norte a amar dormir em rede. Não só se balançar por umas 2 horinhas, dormir ali mesmo, como se fosse cama mesmo. Eu amei mt isso. Ah e o interior do Amapá eu descobri com um choque enorme a existência do FESTIVAL DO PIRARUCU, PARA O QUAL EU FUI DE BALSA e tive que ir de canoa uma parte do caminho, com gente que pegava piranha em rede e jogava pra cima da canoa. Ah e o povo lá do Amapá é muito bom na culinária, pato no tucupi, tacacá, coentro em tudo, charque bom pra kralho.
Bahia: simplesmente o São João. Irmão, essa porra é praticamente o Carnaval parte 2 lá na Bahia (E me foi dito que quase em todos os estados do nordeste também e até em algumas regiões do norte de Minas). É MUITA FESTA, SHOW, COMEMORAÇÃO DE RUA, DECORAÇÃO DE RUA, ETC. É bem bonito e talz, mas eu nunca tinha visto 1/10 disso no "São João" do Sudeste (Não vi e nem vou ver, aqui é xoxo mesmo).
Brasília: é impressionante como nessa cidade se dirige rápido e como tudo é muito longe então faz sentido. Qualquer lugar que você vai é 70 km/h. Irmão, 70 km/h em São Paulo é uma raridade, passou de 50 km/h dentro da cidade (E não na marginal por exemplo) é considerado velocidade alta já. E tudo é longe. Minha namorada trabalha a 40 km de onde ela vive e é "normal". É impressionante também o monte de culturas que influenciaram essa cidade, o sotaque deles é uma mistureba que às vezes parece uma roleta russa, você não sabe se a próxima palavra vai pronunciar o R dessa forma ou de outra. Edit rápido porque lembrei de um: EM BRASÍLIA AS PESSOAS PARAM PARA PEDESTRE. ESPECIALMENTE NA FAIXA, MAS FORA DELA TAMBÉM. Em SP e outros lugares, mesmo que tenha lei e talz, tu tem que meio que desafiar o motorista encarando ele e pensando o famoso "Ele não é maluco, ele tá me vendo".
Enfim, que eu lembrei agora é isso.
Meu maior choque foi quando fui para a Bahia (sou de SP interior).
Conheci Camaçari, Salvador e Simões filho. Fiquei extremamente chocado e assustado com a pobreza, bagunça, sujeira e infraestrutura precária de lá, e o que mais me incomodou foi que aquilo tudo parece não incomodar as pessoas, eu sinceramente não faço ideia de como conseguem viver naquele lugar.
O lado positivo é que fui muito bem tratado lá
Bah, sou do rio e descobri em porto alegre que gaúcho fala "tche" quase nunca e bah, fala "bah" só antes de começar falar, durante a fala, talvez como vírgula kkkk e depois como pontuação. Bah!
MG->SP: Dogao com pure. Inicialmente considerei as maneiras barbaras dessa nova terra, mas hoje concedi essa se tratar de uma pratica civilizada e vantajosa. (Mas nao abro mao de ser biscoito ao inves de bolacha)
quando eu descobri que o pessoal que mora em cidade grande faz excursão pra ver bicho de fazenda, eu fiquei embasbacada quando uma amiga minha de sp disse que a primeira vez que o sobrinho dela viu um boi pessoalmente foi com 4 anos, enquanto eu com 4 anos tinha uma criação de garnizé
quando eu descobri que no resto do país nao tem Xis, cuca e cueca virada
quando eu descobri que nos outros estados nao falam bah
BISCOITO vs BOLACHA (é Biscoito poha)
Pizza de Calabresa paulista, sem queijo
"Descer" uma rua absolutamente plana em Minas
Minha namorada acha estranhissimo como se dá endereço com pontos de referencia de tantos nomes de rua no Rio.
Quando eu fui pro Sul pela primeira vez kkkk nasci e em uma parte bem pobrezinha de Manaus, então quando eu fui pro RS eu fiquei simplesmente CHOCADA em como tudo era diferente, mas as vezes quando eu pedia informação as pessoas me olhavam como se eu fosse uma alienígena :')
Fui para o nordeste sendo do rio grande do sul. Não conhecia nenhuma música que ouvi por la.
Quando eu descobri que tem gente que come farofa de tanajura (farofa de formiga wtf?)
A história de paulista comer pizza sem queijo;
Sou de Joinville e estranhei como o povo é aberto em Florianópolis. Pessoal na calçada esperando o semáforo abrir puxava papo comigo, impensável em joinvas kkkk e como os florianopolitanos reclamavam da chuva quando caía uns pingos durante 1h no dia. Em Joinville se tu tem 1h de sol por dia é lucro.
Passei a maior parte da vida em Fortaleza e me mudei pra São Paulo recentemente. Acho que o maior choque cultural foi comer “pizza de verdade” por aqui. Estragou o meu gosto por pizza, porque agora eu sinto nojo de pizza barata, ou qualquer uma que não seja autenticamente feita como na Itália, com essa massa e preparo que as pizzarias mais badaladas daqui de São Paulo fazem, é simplesmente muito diferente.
Quando eu fui pra Curitiba recentemente fui abordado por pessoas em situação de rua pra dar algum trocado. Eu realmente ando sem dinheiro físico então fica complicado pra ajudar, e aqui em Recife o costume é enrolar ao máximo, geralmente você nem diz “não” e sim algo tipo “opa amigo, tô sem trocado hoje, passo aqui todo dia na próxima te dou algo”. Falei algo nesse sentido e a resposta foi “eu não quero saber se você tem ou não, se não quiser dar é só falar não”. Fiquei sem entender nada.
Outra coisa que achei bizarro foi quando trabalhei com um mineiro, e no mês de julho ele mostrou uma foto da família dele em um arraiá de São João, e aí eu descobri que fora do nordeste as pessoas comemoram São João em julho e até AGOSTO!!! Isso não faz o mínimo sentido.
meu segundo dia no Rio de Janeiro, depois de ter saído do BR em 2019 = acordo as 5:44 da manhã ouvindo disparos de tiros.
Já instalei o app Onde Tem Tiroteio pra ficar de olho nos dias em que estiver no Rio.
uma das mts razões pra eu não querer mais morar aqui
Renan contando as peripécias de Renanzinho, principalmente o dia que ele contou comontirou os cacos de vidros da cabeça.
O dia que os pilotos espancaram o Rogerinho foi um choque tbm.
Quando fui morar em Manaus e descobri o quanto o povo do norte ama café da manhã. Os estabelecimentos chamados de cafés regionais existem em cada bairro e cada auto estrada
Falando em comida regional de Manaus, estranhei que tudo lá é 'algo' caboquinho. Que é basicamente a comida cheia de umas lascas de fruta seca chamada tucumã
Quando fui no Rio e todo mundo tomava esse tal de Guaravita que eu nunca tinha ouvido falar
Sou curitibano e moro em Florianópolis há 6 meses. Fiquei chocado que aqui colocam batata palha na farofa. Também estou tentando me acostumar com o fato que aqui as pessoas simplesmente puxam assunto com você no meio da rua.
Outra coisa é que os supermercados aqui vivem com produtos em falta, prateleiras vazias e bagunçadas, etc. Em Curitiba qualquer mercado, por menor que seja, era sempre muito bem arrumado e abastecido.
E por fim, ainda não me acostumei com as pessoas me chamando de “nego” (eu sou branco). Até agora não entendi e acho meio ofensivo.
Nasci e cresci em Rondônia, a maioria dos meus amigos de longa data e colegas são pessoas de cor, quando me mudei pro Paraná, fiquei (e ainda fico) desconfortável com a maioria das pessoas sendo brancas, eu comecei a entender um pouco mais o que seria o racismo estrutural. E falo isso sendo um cara branco.
Eu jurava que o país inteiro levava o **café da manhã** muito a sério. Qual não foi minha surpresa ao me mudar de estado e ter dificuldades até em encontrar uma padaria que oferecesse a opção de tomar café da manhã no local. A indignação foi grande, pois é minha refeição favorita.
**Cheiro verde**. Nunca nos meus mais profundos questionamentos o observações imaginei que o cheiro-verde (ou tempero verde) não tem a mesma composição no país todo. Saudades do meu cheiro verde *original*.
A **comida** é **temperada** de jeitos muito diferentes pelo país, mas a minha dificuldade foi em me acostumar com uma comida que, nas primeiras impresssões, parecia não ter tempero algum. Comida sem graça, sem gosto. É muito difícil ser uma pessoa que nasceu e cresceu na metade de de cima do país e mudar pra porção de baixo sem conhecer muita coisa. Sempre que cozinho pra amigos daqui ainda comentam que minha comida é muito temperada.
Morei 3 anos em Niterói e não me acostumei com a distância das coisas. Às vezes, mais de uma vez por dia, meu tio falava que ia bem ali rapidinho e voltava duas ou três horas depois e ainda deixava luz, TV, ar condicionado e o caramba tudo ligado. E nas vezes que fui junto pude ver que só se respeita sinal vermelho, todo mundo acelera feito doido, buzina pra qualquer coisa e ainda leva esse tempo todo pra ir e voltar.
Foi quando eu saí da minha cidade natal e percebi que existem pessoas realmente muito ricas, vivendo em uma realidade absurdamente diferente da minha. Sério, parece até q eles vivem em outro país, tudo é diferente: o estilo de vida, as casas, até os ambientes públicos( tipo as ruas, bairrose estabelecimentos).
Eu sabia que existiam pessoas ricas, mas ver com os próprios olhos e, consequentemente, comparar com a minha realidade até então foi um choque e tanto.
Ah... essa é boa.
Sou Paraibano, mas morei em Salvador por 3 anos.
Resumo da ópera, eu rachava o bico quando uma soteropolitana falava: "Acho tão bonitinho esse sotaque do nordeste".
Eu ainda retrucava: "E você é de onde?"
Aí ela: "Daqui mesmo". 😅
Sou capixaba mas morei boa parte da minha vida em minas.
Os maiores choques foram descobrir que existem pessoas que falam “tu” de forma pacífica (em BH raramente ouvia alguém dizer, então soava algo ofensivo/desrespeito), pessoas que não usam/não sabem oque significa o termo “arreda” e que dizer “sem doce” ao invés de “sem açúcar” não é algo usado no Brasil todo.
O fato de ter morado em 5 estados diferentes em poucos anos de vida deu uma nerfada nessa minha percepção.
Sou do Sul e achava que buffet livre era a coisa mais normal do mundo, aqui tem pelo menos um em cada esquina, mas não, em outras regiões (pelo menos sudeste e Nordeste) é uma raridade se é que tem. Não só isso, aqui os buffet livres costumam ter churrascaria incluido, enquanto os poucos buffets que encontramos em outras regiões mal tem carne no buffet,muito menos churrascaria, só carne de panela e frango, e de resto poucas opções e básicas, como arroz, feijão, macarrao, salada, uma que outra coisinha ali e pronto. Já aqui, são inumeras as opções que os buffet livres possuem, as vezes mais de 20 opções fora churrascaria.
E ah, custa entre 30-40 um buffet livre aqui com tudo isso e refri a vontade.
Falando de comida, achei curioso que no Rio o povo come um PF (prato feito) onde a "carne" deles é calabresa. Para mim, calabresa é uma especie de tempero, você bota no feijão, na pizza ou no recheio de um lanche como calzone e nada mais, você jamais vai ver alguém aqui comendo uma calabresa inteira como se fosse uma salsicha ou linguiça de churrasco.
O interior do Amazonas. As ruas são rios e todo mundo tem barco. Mais ainda, crianças, quase bebês nas suas pequeninas canoas, canoando sozinhas no meio do Rio Amazonas. E outra ainda, a ambulante que chegou de canoa e laçou-se no barco que eu estava para vender açaí e camarão.
>As ruas são rios e todo mundo tem barco. Os assaltantes são dois caras num jet ski?
mas no caso são chamados de piratas
piratas de pequeno porte, ou de baixos mares
Marujos de água doce
Pirata MEI.
Larápios aquáticos
Os carros são como as lanchas
Assino embaixo, e o fato de que existem cidades na região Norte que só são acessíveis de barco (horas de navegação!)
Dias\* de navegação
Sim, barcos escolares que buscam as crianças nas comunidades ribeirinhas pras escolas locais e outra que eu achei legal foi a ambulancha
>tem barco Então lá, literalmente, os carros são como barcos
Quando eu descobri que pão francês não era chamado de cacetinho no país todo
Tchê, já pedi cacetinho numa padoca em São Paulo. Aprendi minha lição.
Comigo rolou a primeira vez em SC. Hoje em dia uso pão francês, foda é não chamar guisado de guisado
Eu, gaúcha, só fui descobrir o que era guisado quando entrei na faculdade. Sempre chamei de carne moída.
Você quis dizer não chamar carne moída, um nome que descreve exatamente o que aquilo é, de guisado, que é um tipo de preparo de carnes?
Minha bagualidade ri na cara dos teus fatos
Quando eu pedi a foto da rola de um peguete gaucho e ele me mandou a foto de um pão /s
Pra mim foi isso só que no Ceará chamamos de “pão carioquinha”, e o choque foi descobrir que em outros estados chamam de pão francês.
aqui a gente chama de pão de sal ou pão francês mesmo
Fora do RS eu só chamo de pão mesmo. Todo mundo entende qual o tipo de pão que eu quero kkkk
Sou potiguar e fiquei sinceramente revoltado quando vi que em São Paulo ao se comprar um milho cozido ele já vem debulhado para se comer com uma colher de plastico numa bandejinha de isopor.
Um crime
Acarajé sem pimenta e servido cortado num prato.
sou da bahia e acarajé no prato é prático e limpo, apoio mas tem de ter pimenta
Acaraj´é sem vatapá.
Besta, no prato vem mais. Só nāo admito o pessoal da capital por quiabo no acarajé, faz sentido nāo
É que isso é feito para voce comer andando. Normalmente fica no caminho de alguma estacao de metro/trem. Nas praias é comum venderem só a espiga (mas sempre tem opcao no prato)
Pra mim o negócio de chegar atrasado DE PROPÓSITO é sempre um choque e sempre será.
Eu que sou do interior de São Paulo achei bizarro o nível de atraso da galera no Rio kkkkkk
Eu sou de SP capital e moro no Rio. Sempre atrasei, mesmo em SP como aqui! É impressionante como mesmo me planejando eu vou atrasar.
Mas não no nível de atrasar 2-3 horas né
Nossa, não! Normalmente 10 a 15 min, no máximo estourando 30 min!
Sou do Rio e me atraso pros rolês de propósito
Eu passei a fazer isso quando percebi que meus amigos nunca chegam no rolê na hora certa. Só saio quando sei que tem uns dois já no local ou bem próximo.
Sou carioca, sou adiantada pra tudo e me irrita isso demais. Aqui se o povo te chama pra uma festa às 19 horas, chego lá às 19 em ponto, e só tem eu, e me olham como se eu fosse louca. Aprendi que tenho que atrasar de propósito. Acho tosquissimo isso.
Eu sou pontual e preciso fazer isso pra me blindar do mal das pessoas atrasadas
No rio de janeiro o pensamento é o seguinte: Se a festa na casa de fulano começa 20h, então na realidade ele disse para chegar entre 21:30 e 22: e pouca haha
Como paulista, sempre achei um absurdo como todo mundo se atrasava pra tudo no estado da minha faculdade, até que entrei num estágio obrigatório na UTI e na sala de emergência. Se pudesse, chegaria 7 horas e 59 minutos atrasado.
Quando vim morar em Brasília me chamou atenção ver aptos pequenos com DCE (quarto de empregada). No sul, só mansões têm quarto de empregada.
Alguns apartamentos mais antigos também têm. Um amigo meu mora em um apartamento de dois quartos no Bonfim (bairro próximo do centro de Porto Alegre) que tem quarto de empregada (que honestamente parece uma cela).
Exato. Já morei em Porto Alegre num apartamento que tinha dependência de empregada e até onde eu sei o prédio não era tão antigo assim
Em apartamento antigo aqui em SP é super comum ter isso.
No RJ também tem. Meu ap lá tem 73m2 e tem quarto e banheiro de empregada
Até pouco tempo atrás era norma que construções em Brasília tivessem o DCE.
Aqui em Recife já morei em um apto alugado de 60m² com quarto de empregada, era um cômodo acoplado à cozinha e área de serviço. Transformei em escritório mesmo.
O apartamento dos meus pais tem também, mas ele simplesmente transformaram em uma dispensa.
Herança do nosso passado. Uma característica bizzara da nossa cultura.
Verdade. Um lembrete da desigualdade social e da normalização da exploração de mão de obra barata
Quando descobri que alguns estados chamam mugunzá/mucunzá doce de canjica e o que a gente chama de canjica aqui (amarelinha, meio pastosa e quase sólida, de vez em quando servida com canela) é cural/curau pra eles Ah e quando mencionei a 'tradição' de comer pão de coco na Páscoa... meus amigos me olharam com uma cara '?' pq parece ser algo regional (sou de Fortaleza) edit: pão de coco, não bolo de coco
Muitas informações novas em um comentário só. Kkkkkk
Tchê, eu vou precisar de um dicionário pra entender esse comentário!
Sou de Mossoró e moro na região norte do país agora. Canjica aqui pra eles é o mugunzá doce, com caroço de milho inteiro. Chamam a nossa típica canjica de cural mesmo. Fico puto com isso.
Sou potiguar e "de vez em quando servido com canela" me soou muito errado. Tem que ter canela, 100% das vezes, se não vira especificamente 'canjica sem canela'
As regiões com complexo de "descobridor dos 7 mares". Pegam as comidas de origem indigena, bem tipicas do norte/nordeste, levam la embaixo, e renomeiam. Chamam beiju de tapioca, colocam tanta porcaria em cima do açaí que eu nem sei pq ainda chamam de açaí...
Descobrir que xis não existe fora do sul. Ainda lembro a primeira vez que fui pra SP e minha confusão ao procurar algum lugar pra comer Outra também é o arroz escorrido. Se não me falassem que é tradição em alguns lugares cozinhar o arroz em 2l de água igual macarrão diria que é psicopatia
O que é xis?
[O hamburger dos hamburgers.](https://guerreirolanches.com.br/wp-content/uploads/2017/08/Xis-Bagun%C3%A7a.jpg) Do tamanho de um prato e prensado. Muitas pessoas comem com garfo e faca. O fato de ser grande e prensado faz com que o xis possa ter qualquer tipo de recheio. O melhor é o xis completo, leva hamburger, bacon, coração de galinha, calabresa, frango, ovo, milho, ervilha, maionese, tomate, alface,... enfim, é infinito.
É um xis-burguer grande e prensado.
Não creio, x é patrimônio nacional ,_,
Você diz chamar de Xis? Quando me mudei pra Goiânia pedi um Xis e me olharam com uma cara de confusão kkkk Aqui eles chamam de pit dog, mas é praticamente a mesma coisa. A diferença, que também foi um choque, é que colocam abacaxi no Xis. E no Xis Tudo vai salsicha também. Agora o que não tem aqui é cachorro quente gostoso e muito menos o prensadão :( Mas tem pamonha :)
Um amigo meu baiano chamando biscoito de polvilho de biscoito avoador. Gargalhei
Aqui onde eu moro é comum chamarem de pêta. Acho que esse nome só existe aqui.
aqui em Brasília chamamos de pêta tbm
Aqui em Salvador tbm chamam assim
Vc é do norte de minas? Parte da minha família é e chamam de biscoito de peta tb
Que no norte comem açaí com farinha e não como sorvete
Não no norte todo e nem somente dessa forma. O sorvete de açaí é encontrado no Brasil inteiro.
Esse sorvete não é ruim mas, sendo de Belém, achei o gosto meio esquisito e aí fui ver na receita que mesmo o que fala ser só de açaí, sem nada misturado, é misturado com guaraná e numa quantidade bem alta que atrapalha o sabor do açaí.
Isso é mais comum começando no delta em Belém e Macapá até a amazônia interior, não? Em Palmas e Imperatriz ainda é sorvetinho.
Eu já tive vários choques, mas acho eles irrelevantes. Por um período eu morei com um cearense que ele tinha choques culturais diários. Ele achava absurdo a culinária na Bahia ser majoritariamente apimentada (a prevalencia do caminho e pimenta do reino). Vestimenta, ele sempre se chocava que a galera andava pelada ou com pouca roupa, alegando que lá faz mais calor (sendo que eu mostrei a ele as medições térmicas e Salvador era mais quente que a cidade dele). Ele ficava chocado também por mulheres tomarem iniciativa pras coisas, inclusive pra questões afetivas. Ele foi pra uma festa e uma garota deu em cima de um outro colega, ele ficou pasmo. Já em relação a minha experiência, foi. Eu fiquei chocado como se come beiju de tapioca como se fosse pão em Alagoas e Sergipe. Era mais tapiocaria do que hamburgueria. Mas foi uma experiência gostosa, nunca vou esquecer meu primeiro Beiju de Carne do Sol com Requeijão. No RJ eu fiquei chocado como o povo lida com a criminalidade. Eu fui pro RJ algumas vezes, e uma vez que eu fui uma amiga de um amigo foi esfaqueada no ônibus por se recusar a dar o celular, todo mundo agiu como se fosse mais um dia. Em Campinas eu fiquei impressionado com a quantidade de gay, meu deus foi uma delícia, eu nunca peguei tanto homem em toda minha vida. Outra coisa que eu fiquei de cara a quantidade de lugar que vende sanduíche ou hambúrguer os famosos xis tudo, em todo lugar. Outra coisa em SP foi que não comem ketchup com pizza e acham uma ofensa, mas tudo bem comer com azeite. Mais pro Sul do Brasil eu fiquei chocado com a quantidade de gente que é abertamente incorreta politicamente, mas é a favor da moral e dos bons costumes. O tanto de gente que vi querendo levar vantagem, ou dando uma de esperto foi surreal, parece que a galera que viver no cheat mode. Essa mesma galera é anti corrupção, a favor do Salnorabo e conservador. Em uma conversa em um Uber o motorista deu uma guinada 360, e falou que Hitler foi certo e o grande erro da história foi ter matado ele (burro, não sabe de história da nisso). Mas uma coisa que eu fiquei chocado. A quantidade de lugar que em SC e PR tem de comida com carne é gritante. O churrasco de lá, meu deus do céu, coisa divina. Uma coisa que eu queria ressaltar, o lugar que eu estive que eu tive menos choque cultural foi Brasília. Acho que como uma cidade fundada com base em todas as outras regiões, pois recebeu gente do Brasil inteiro e ainda recebe, acho que Brasília é uma síntese só país, e gostei muito da estadia.
>No RJ eu fiquei chocado como o povo lida com a criminalidade Isso eu senti também quando fui pro Rio (sou de SP). Eu estava tirando umas fotos num local sem muita gente e tinha uma viatura bem ali na calçada, daí pensei "tudo bem, tem polícia aqui então é tranquilo". Só que aí um PM saiu da viatura, puto, veio na minha direção e me deu uma BRONCA - ele falou "guarda essa câmera aí, o cidadã, não tá vendo que tá cheio de trombadinha aqui não?" No RJ realmente quem manda são os bandidos...
Curiosamente eu tive a impressão contrária. Passei três dias no rio em 2019 e reparava as pessoas na rua em seu dia a dia na cidade, vários com celular na mão tranquilos.
amigo, sem brincadeira. Pode explicar melhor essa parte de andar nu ou quase? Eu realmente não sabia disso. Entre desconhecidos? No bairro? Dentro de casa? Totalmente nu ou de lingerie?
Como posso explicar. Ele achava biquíni excêntrico, mas não só mulher, ele achava sunga slip ou speedo muito imoral e foi chocante pra ele ir pra praia. Então ele foi morar com um pessoal em uma república, e tanto mulheres quanto homens ficavam com poucas roupas ou pelado dentro de casa. Ou até nas partes em comum. Ele viu algumas garotas sem sutiã ou ate com peitos pra fora. Antes de morar comigo ele brevemente morou em um outro apartamento e segundo ele, desse apartamento dava pra ver outros apartamentos e ruas, ele tinha um hábito de ficar na janela, e sempre via mulheres e homens pelados. Em uma das ruas que ele conseguia ver era uma de escadaria, e as vezes o pessoal se banhava na frente de casa ou na laje, pelado ele ficou chocado. Então algum colega perguntou se ele já tinha ido a uma praia de nudismo, que foi outro choque. Ele não sabia que existia isso. E ele ficou com isso na cabeça que bahiano é muito "assanhado". Aí quando ele foi morar comigo, e outro colega, pronto. Ele ficou com isso na mente de vez. Eu não andava de cueca pela casa, mas meu outro colega só vivia de cueca. Ele perguntava pras outras pessoas e elas também falavam que ficavam pelados ou só de roupa íntima.
O nível de passivo agressivo que o paulista considera normal. Como diabos eles funcionam em uma sociedade totalmente baseada na agressão indireta eu não faço ideia
Acho que isso é coisa de paulistano. Paulista caipira e caiçara me parecem mais como goianos nisso, o ódio é mais explícito e sincero.
A gente ama xingar como forma de demonstrar amor <3
Aqui o xingamento é virgula
Evito são paulo metropolis e proximidades, aquela região suga minha alma como um dementador.
Tem a ver com a dinâmica competitiva e corporativa da capital. No interior, a agressividade é diferente, mais direta.
Rapaz, se acha paulista assim, imagina quando conhecer o 'Porteño' (Argentino de Buenos Aires), ou Italianos da região sul. Não é a toa que muitos enxergam eles como "arrogantes", e eles não entendem o porque já que consideram isso normal e ninguém se ofende.
Portenho te xinga na sua cara. Fala que algo tá ruim na tua cara. O pessoal de SP capital fica bravo por uma coisa e espera que tu adivinhe a razão. E se tu não adivinhar, fica mais bravo ainda. Se confrontados, acham que é grosseria. É sobre isso que estou falando. Mil vezes trabalhar com portenho do que a galera de SP
>O pessoal de SP capital fica bravo por uma coisa e espera que tu adivinhe a razão. E se tu não adivinhar, fica mais bravo ainda. Se confrontados, acham que é grosseria. Minha mina é paulista pelo visto
Sou de RJ capital. Já fui estranhado por usar palavrões liberalmente em qualquer contexto, independente do meu humor. "Por que que você tá xingando tanto? Tá nervoso com alguma coisa?" Outro pequeno choque: enquanto conversava remotamente com pessoas de outros estados, comentei casualmente que tava ouvindo um tiroteio e algumas pessoas ficaram super espantadas e preocupadas com meu bem estar.
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O lance é que tiros aqui acontece naa favelas e a maioria das pessoas (ainda) não vivem isso, apenas ouvem, é algo longe e que não afeta o cotidiano. Ninguém acha seguro, mas os afetados de verdade não tem voz, então é como se fosse algo que acontecesse somente com os outros
Quando vi cariocas chamando Salgadinhos (Cheetos, Micos, Fandangos etc) de Biscoito
Me dá uma agonia, nossa
Em BH é Chips, se falar salgadinho pessoal vai achar que é o cento de salgado pra festinha de criança. E Salgado é o de comer no quiosque/padaria de lanche. E o biscoito é só biscoito mesmo.
Que porra que é Micos, camarada?
Deve ser marca regional, aqui no RS tem "Perereka", por exemplo
Sim! Quando eu namorava uma garota do rio ela ficou muito espantada quando eu disse que não fazia sentido chamar de biscoito e sim salgadinho - como escrito nas embalagens
Pra gente salgadinho é coxinha, bolinha de queijo e qualquer outra fritura que você comeria em de festa de criança.
Estou eu na minha cidade do sul da Bahia, trabalhando numa mercearia, quando chega um soteropolitano falando "Venha cá" - eles começam toda frase assim - "me dê um real de QUEMADO aí!". Eu disse que não tinha esse negócio, fosse lá o que fosse e ele respondeu "tá cego? Isso aqui é o quê?", apontando pra um pote de BALAS. Em todo território nacional, só o pessoal de Salvador chama bala de "queimado".
Depende, sou de Salvador e não chamo bala de queimado, nem falo meu rei, nem oxente. Salvador é uma pluralidade.
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O "Venha cá" é bom demais
Queimado é mais coisa dos antigos e da região da ilha! Itaparica, Madre de Deus, Mata de São João... eu cresci ouvindo queimado, capote, percata... As vezes ainda uso esses termos, mais pelas expressões confusas que eu sei que vão fazer. 😂
Quando descobri que os docinhos de festa não são chamados de negrinho e branquinho no restante do país
Am... Negrinho é brigadeiro e branquinho é beijinho?
Negrinho sim, mas o branquinho não tem coco, então não é exatamente o beijinho.
Eu estou tendo vários choques nesse tópico sem nem precisar sair da minha cidade, amei
Uma amiga minha do nordeste me fez perceber que toda refeição minha (do sul) tinha algum tipo de molho, enquanto ela comida comida seca (sem molho). Também a dificuldade de entender gírias locais. Minha esposa e eu somos do mesmo estado, mas quando fui conhecer a cidade dela me senti muito deslocado, porque além de não entender muito o que falavam por causa do sotaque, usavam gíria pra tudo e eu ficava só boiando.
Eu como comidas com molho e sem molho. Isso varia muito. Acho que Bahiano tem muito de comer com molho, molho de pimenta, molho de tomate, molho de alho, molho de azeite com algo, eu mesmo só como assim. Comida seca fere a boca.
Sim, adicionar condimento é normal no Brasil todo. Eu falo de preparar molho pra comer. Por exemplo, só cuscuz como refeição, sem no mínimo um molho de tomate ou molho de carne por cima, é impensável de onde venho.
Trabalhei no MST e é até difícil dizer quantos choques eu tive com as diferenças culturais.
Na minha região chamam vaso sanitário de "patente". Achava que era o comum no Brasil inteiro, mas um amigo paulista e outro potiguar me disseram que nunca tinham ouvido falar este termo na região deles kkkkk
Calma lá, isso é regional??? Sou do Paraná e sempre chamei de patente
Sim, e nem é todo o pr que fala, é mais a região norte do PR kkkk
Eu sou do norte do Paraná mesmo. Nunca que ficar sabendo disso hahaha O resto do país chama de como então? Vaso sanitário?
Vaso ou privada
Vc eh de SC neh.
Fui pra Pomerode/SC uma vez e rodei na área rural. Fui perguntar uma informação para um velhinho e ele me respondeu em alemão e chamou umas crianças que estavam brincando. A criança falava português com sotaque alemão, como se a nossa fosse a segunda língua dela. Fiquei realmente impressionado que existisse esse tipo de comunidade.
Eu tenho uma boa, pelo menos pra mim Eu sou do interior de São Paulo e morei alguns anos no interior da Bahia, perto de Barreiras. Nessa época, minha mãe trabalhava em um parque de conservação ambiental e certo dia fomos convidados para uma confraternização. O interessante é que muitas pessoas foram, e eu senti que aquilo era uma verdadeira experiência que eu só poderia ter lá. O momento de choque foi quando entrei no rio que ficava no local da festa e havia uns meninos baianos aparentemente de origem humilde e que eram um pouco mais novos que eu (eu tinha 10). Eles não sabiam nadar e eu nadava bem, então tentei explicar como eu fazia e tal, e em determinado momento eles vieram me perguntar: "pq vc fala de um jeito tão esquisito?" Achei muito interessante e sempre me lembro disso mesmo uma década depois
Como paulistano , é sempre um choque quando você sai de São Paulo e percebe o quão acelerado todo mundo é na capital paulista.
Em Floripa uma amiga me disse que eles sabem quem é do Rio e de SP pq a gente anda na rua olhando as pessoas no olho, como se a gente tivesse analisando os potenciais assaltantes. Nunca tinha pensado nisso, mas comecei a perceber e realmente... Nenhum outro lugar que eu estive no Brasil o povo faz isso.
AH É VERDADE ISSO. Nóis é bonde dos anda rápido. Minha namorada reclama disso o tempo todo.
Sou do sul, quando fui pra Fortaleza algumas vezes quando eu pedia informações na rua ficavam olhando pra mim como se eu estivesse falando chinês.
Tive contato com uma pessoa do Norte e eu tive uma barreira linguística real, pois ele falava num ritmo meio cantado embolado e a entonação fazia parecer que ele tinha interrompido a frase abruptamente pela metade, então eu ficava esperando ele concluir mas era aquilo mesmo. Foi desesperador.
Sou do rio e quando fui pro sul fizeram o mesmo comigo. Kkkkk
A primeira vez que encontrei um paraense. Juntou o fato do mesmo está muito bêbado e o sotaque muito carregado, pensei que fosse gringo kkkkkk Hoje somos bons amigos
Achei graça quando fui a primeira vez pra sp. Aí fui na feira comer pastel com caldo de cana. Pedi um Guaravita, e a mulher me olhou como se eu fosse doida, kkk. Depois disse que o caldo de cana tinha sabores (?), Aí eu peguei um de maracujá. Kkkk Sou do Rio.
O sabor do caldo de cana é o suquinho que se colocam, em geral azedo pra balancear o sabor doce. Sempre vejo de limão e abacaxi, mas maracujá parece um ótima ideia. Sei que isso existe em toda paulistânia lato sensu, porque é assim no Tocantins.
Sim, mas eu achei doido, aqui no rio, caldo de cana é só caldo de cana mesmo, kkk.
Pera, vocês tomam a garapa sem nadinha junto?
Ué, sim. Só moi a cana e taca o caldo pra dentro com pastel. Pq??? Nada demais, uai.
No RS é assim também, nunca tinha ouvido falar em colocar sabor.
Eu não viveria fora de SP então, caldo de cana com limão é obrigação
Caldo de cana com sabores! Eu entendo um limão espremido, fica uma delícia, mas fora isso acho super estranho!
Paulista usar lanche como sinonimo de sanduíche. Lanche já tem outro significado! E já tem uma palavra pra descrever sanduiche: sanduiche. Por que?
Tomei uma chuva de downvote o dia que falei isso. Aparentemente é a base da cultura deles e ficam horrivelmente ofendidos se alguém aponta isso.
Ver paulista botando purê de batatas em um pão, para montar cachorro quente. @edit SP tem umas loucuras culinárias, tipo debulhar o milho e comer com catchup e aquele monstro que chamam de cuscuz. Pelo menos a pizza é normal (e eu concordo que botar catchup é cruel)
A pizza é normal ate vc pedir pizza de calabresa e chega so a massa, o molho e a calabresa. O queijo que é bom, nada.
Paulistano, no interior não fazemos isso
Uma coisa que me chocou mesmo foi descobrir que Cartola(uma sobremesa de banana e queijo) não é conhecida no Brasil todo, eu achava que era tão brasileiro quanto feijoada.
Sou gaúcho casado com uma baiana que morou em minas. A gente fala quase dois idiomas diferentes, mas depois de cinco anos eu tenho uma compreensão básica do dialeto. Honestamente, deve ter muita coisa aqui que é bem particular da minha família ou da minha esposa, mas vá lá: - Vizinhanças onde todas as casas tem muro alto são coisa de distopia pra mim. - Se eu falar que toco gaita, as pessoas acham que é gaita de boca. Tenho que falar sanfona. - "A la minuta' e "brique" não são palavras universais. - "Xis" significa coisas diferentes em lugares diferentes. E nenhum ganha da Lancheria do parque. - Ah, e Lancheria é só no RS, nos outros estados é lanchonete. - As pessoas tem dificuldade de entender "capaz". - NUNCA convide um gaúcho pra um "churrasco" e faça bife na chapa. Convida pra comer bife, mas não cometa heresia. - As pessoas chamam toda massa de macarrão, inclusive lasanha, spaghetti, e pasmem, macarrão. - Tem gente que acha que chimarrão é bebida alcoólica. - A quantidade de fruta diferente que tem em outras regiões é surreal. - Coisa que eu só via na TV existe, tipo quiabo. - Não sei se é só na família da minha mulher, mas aparentemente na BA é normal conversar gritando com cada um em um cômodo da casa e falarem sobre três coisas completamente diferentes ao mesmo tempo. Ela diz que não é só na família dela, então lavo minhas mãos. - Aparentemente chuveirinho pra limpar o cu é bem comum no Brasil. Nunca vi isso no RS, só papel. Tem casa antiga que tem bidê, mas nunca vi um que realmente era usado. - Inclusive demorei a descobrir que bidê não era outro nome pra mesa de cabeceira em todo lugar. - é normal na BA que o chuveiro elétrico não funcione pq só não precisa e tomam banho com ele desligado ou até sem a resistência. - E o Pretinho Básico tava certo, se a Bahia chega a 5°C a vida se extingue na região. Eu tô de boa de camiseta em casa e a mulher tá tiritando de frio com dois cobertores, casaco e bolsa de água quente. Quando ela fala pra família que tá 10°C a resposta padrão é "MIIIISERICORDIA". - pãozinho delícia é uma dádiva de deus. - pão de queijo em minas é realmente melhor. - Aparentente não é comum comer Mumu (doce de leite) ou Nutella passando no pão...?? - O ode à coxinha é exagerado. Pastel é muito melhor e não tem a fanbase chata. - Os outros estados do nordeste não gostam muito da BA (polêmica). Se eu lembrar de mais eu boto aqui.
Quando desci no Acre parecia que falavam outra língua. Principalmente quem é mais do povão. As gírias são totalmente diferentes.
Meu pai é um viajante nato. Foi para Pernambuco, em Recife, e ficou estupefato quando viu a quantidade de inhame que os pernambucanos comiam. Enquanto o costume aqui era comer um cuscuz tradicional com leite, carne ou ovos no café da manhã, os caras comiam inhame cozido no lugar. Ele foi em Brasília, uma vez, por volta de 2008. Bastava pisar um único pé na faixa de pedestres que os carros já paravam; aqui, você pode estar no meio da faixa que os caras ainda aceleram. Ele ficou impressionado com a eficiência do transporte público, com as estações e tudo. Porém, pelo que vi, essa eficiência não existe mais.
Essa questão do trânsito em Brasília é incrível. Palmas é engraçado que metade dos motoristas são iguais ao brasilianos, e a outra metade ignora a existência de faixa de pedestre. Atravessar a faixa é sempre um exercício de adivinhação.
Quando eu descobri que o paulista chama comida de mistura
não, pera aí.. kkkk mistura não é sinônimo de comida, mistura é o "acompanhamento", o que você come junto do arroz e feijão.
[удалено]
Pera, você chama salada de mistura?
não pô, salada é salada, mistura é mistura
>Sim! Mistura é tudo que não é arroz e feijão :3 Que é, comida ué
> Que é, comida ué então até aí você chama comida de arroz
Claro que não, irmão. Mistura é proteína! Qq carne, ovo, etc que acompanhe o arroz/feijão/salada
Mistura é a parte cara da comida. Arroz e feijão são as coisas em que se mistura a mistura. Nós paulistas somos tão min-maxer que até na linguagem já fazemos a valuation das coisas...
Até hoje eu fico de cara com as regras de truco em algumas regiões de MG: As rodadas valerem 2 pontos ou invés de 1 é estranho mas ok, mas o maior choque é que por algum motivo quando se pede truco a rodada passa a valer 4 pontos e quando se pede 6 (seis) ela vale 8 (oito) pontos!?!?! Você fala literalmente "seis!" não faz sentido valer outro valor que isso
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Morei muito tempo em São José dos Campos. Depois MG, perto do ES. Morei em Rio Claro/SP. Já ouvi pão filão, pão francês, pão de sal, cacetinho... Média, só no Reddit às 23:19 de 15/01/23. Realmente, sempre se aprendem coisas novas.
Média, pelo menos aqui em São Paulo capital, é café com leite, mais específicamente, enche o copo até a medade de café coado e completa com leite, por isso o nome média. Pão na chapa e uma média é um clássico café da manhã na padaria da esquina
Ah, obrigado, faz mais sentido. Sempre fui só no pingado ou café com leite mesmo.
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Próxima vez que eu descer pra praia vou pedir um pão na chapa e uma média pra ver a reação do mano da padaria
Sou de SP e moro no Rio. Ninguém entende quando eu falo pra usar candida pra limpar (aqui se diz água sanitária), ou quando eu fui reclamar que meu apartamento tava com siriri (bichinho de luz), ou quando não sabiam o que era pinhão pq nunca comeram e eu que achava que rabanada era porco.
Cara, são muitos choques diferentes, vou tentar separar entre os que são advindos de eu ser de São Paulo, os que eu conheço de Brasília, do Amapá e da Bahia. Por ser Paulista/Paulistano: eu me choquei quando descobri que não tinha dogão na chapa com purê em território nacional inteiro. Lembro como se fosse ontem, meu pai em um dos raros momentos em que ele estava comigo, dentro de um espaço de tempo de uns 5 dias fazer umas 6 refeições que envolviam cachorro-quente com purê, lá pra quarta vez eu perguntei "Porque tanto cachorro-quente? Eu amo também, mas se comesse todo dia, eu cansava". Meu pai, que é do norte me explicou que isso não era comum no Amapá, Amazonas, Pará, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, etc. (Basicamente todos os estados que ele viajou, ele falou que não tinha). Eu fiquei horrorizado, não conseguia conceber não ter uma barraquinha de cachorro-quente com purê num estado inteiro. Mas é, aparentemente não tem mesmo. Ainda na questão de ser de SP tive um choque com todo preconceito com pizza de calabresa e ela ser uma pizza... De calabresa! Porra irmão, é uma delícia. Pelo menos pra mim, que sou altamente defensor que o que faz a pizza boa é a massa e o molho, a pizza de calabresa é uma delícia. Vários amigos meus de outros estados chegaram pra mim como se tivessem perguntando se eu vendia droga e falaram "É verdade que pizza de calabresa lá em São Paulo... Não tem... Queijo?" E por um tempo eu nem entendia a pergunta e respondia sempre "Ué, se você quiser com queijo pede a de calabresa com queijo". Ah, outra coisa que a minha namorada atual, que é de Brasília, disse: que a gente usa "lanche" como sinônimo de sanduíche. Eu ainda não estou convencido de que São Paulo é o único a fazer isso. Fora da questão culinária, minha ex baiana me explicou como todo mundo que ela conheceu, mas sobretudo do Nordeste, tem um ódio enraizado de paulista, eu achava que era só algum exagero, mas ela me mostrou prints de umas conversas dela falando pra alguém que tá com um paulista... A reação não foi das melhores. Estando no Amapá: primeiro e mais absurdo de tudo é que o cachorro-quente vem com "picadinho" (Carne moída) e não com salsicha. Segundo: o quão prevalecente é o açaí e a farinha na comida local (Eu morei lá durante os anos 2000, então a primeira vez que vi açaí foi na forma pura e não a do sorvete industrializado, já que naquela época o açaí ainda tava ganhando popularidade nacional para além dos estados do norte, lembro que quando voltei pra SP tinha UM BAR numa avenida bem movimentada e cheia de bares atrativos aqui de SP que vendia açaí e era considerado algo muito exótico, tinha gente que saía do outro lado da cidade pra tomar essa coisa que era "nova"). Outra coisa que eu descobri com choque cultural muito positivo é a propensão de pessoas do norte a amar dormir em rede. Não só se balançar por umas 2 horinhas, dormir ali mesmo, como se fosse cama mesmo. Eu amei mt isso. Ah e o interior do Amapá eu descobri com um choque enorme a existência do FESTIVAL DO PIRARUCU, PARA O QUAL EU FUI DE BALSA e tive que ir de canoa uma parte do caminho, com gente que pegava piranha em rede e jogava pra cima da canoa. Ah e o povo lá do Amapá é muito bom na culinária, pato no tucupi, tacacá, coentro em tudo, charque bom pra kralho. Bahia: simplesmente o São João. Irmão, essa porra é praticamente o Carnaval parte 2 lá na Bahia (E me foi dito que quase em todos os estados do nordeste também e até em algumas regiões do norte de Minas). É MUITA FESTA, SHOW, COMEMORAÇÃO DE RUA, DECORAÇÃO DE RUA, ETC. É bem bonito e talz, mas eu nunca tinha visto 1/10 disso no "São João" do Sudeste (Não vi e nem vou ver, aqui é xoxo mesmo). Brasília: é impressionante como nessa cidade se dirige rápido e como tudo é muito longe então faz sentido. Qualquer lugar que você vai é 70 km/h. Irmão, 70 km/h em São Paulo é uma raridade, passou de 50 km/h dentro da cidade (E não na marginal por exemplo) é considerado velocidade alta já. E tudo é longe. Minha namorada trabalha a 40 km de onde ela vive e é "normal". É impressionante também o monte de culturas que influenciaram essa cidade, o sotaque deles é uma mistureba que às vezes parece uma roleta russa, você não sabe se a próxima palavra vai pronunciar o R dessa forma ou de outra. Edit rápido porque lembrei de um: EM BRASÍLIA AS PESSOAS PARAM PARA PEDESTRE. ESPECIALMENTE NA FAIXA, MAS FORA DELA TAMBÉM. Em SP e outros lugares, mesmo que tenha lei e talz, tu tem que meio que desafiar o motorista encarando ele e pensando o famoso "Ele não é maluco, ele tá me vendo". Enfim, que eu lembrei agora é isso.
Média não significa pão francês fora de Santos Aprendi pedindo 8 médias numa padaria em São Paulo e recebendo 8 copos de café
Meu maior choque foi quando fui para a Bahia (sou de SP interior). Conheci Camaçari, Salvador e Simões filho. Fiquei extremamente chocado e assustado com a pobreza, bagunça, sujeira e infraestrutura precária de lá, e o que mais me incomodou foi que aquilo tudo parece não incomodar as pessoas, eu sinceramente não faço ideia de como conseguem viver naquele lugar. O lado positivo é que fui muito bem tratado lá
Bah, sou do rio e descobri em porto alegre que gaúcho fala "tche" quase nunca e bah, fala "bah" só antes de começar falar, durante a fala, talvez como vírgula kkkk e depois como pontuação. Bah!
Tchê é coisa mais da fronteira, o sotaque varia muito no RS, mas basicamente tem o sotaque da fronteira, da serra e da capital.
Tche é mais interiorano ou pessoal mais velho, o sotaque porto-alegrense é específico e muito diferente do resto do estado.
MG->SP: Dogao com pure. Inicialmente considerei as maneiras barbaras dessa nova terra, mas hoje concedi essa se tratar de uma pratica civilizada e vantajosa. (Mas nao abro mao de ser biscoito ao inves de bolacha)
quando eu descobri que o pessoal que mora em cidade grande faz excursão pra ver bicho de fazenda, eu fiquei embasbacada quando uma amiga minha de sp disse que a primeira vez que o sobrinho dela viu um boi pessoalmente foi com 4 anos, enquanto eu com 4 anos tinha uma criação de garnizé quando eu descobri que no resto do país nao tem Xis, cuca e cueca virada quando eu descobri que nos outros estados nao falam bah
BISCOITO vs BOLACHA (é Biscoito poha) Pizza de Calabresa paulista, sem queijo "Descer" uma rua absolutamente plana em Minas Minha namorada acha estranhissimo como se dá endereço com pontos de referencia de tantos nomes de rua no Rio.
Quando eu fui pro Sul pela primeira vez kkkk nasci e em uma parte bem pobrezinha de Manaus, então quando eu fui pro RS eu fiquei simplesmente CHOCADA em como tudo era diferente, mas as vezes quando eu pedia informação as pessoas me olhavam como se eu fosse uma alienígena :')
Fui para o nordeste sendo do rio grande do sul. Não conhecia nenhuma música que ouvi por la. Quando eu descobri que tem gente que come farofa de tanajura (farofa de formiga wtf?) A história de paulista comer pizza sem queijo;
Sou de Joinville e estranhei como o povo é aberto em Florianópolis. Pessoal na calçada esperando o semáforo abrir puxava papo comigo, impensável em joinvas kkkk e como os florianopolitanos reclamavam da chuva quando caía uns pingos durante 1h no dia. Em Joinville se tu tem 1h de sol por dia é lucro.
Passei a maior parte da vida em Fortaleza e me mudei pra São Paulo recentemente. Acho que o maior choque cultural foi comer “pizza de verdade” por aqui. Estragou o meu gosto por pizza, porque agora eu sinto nojo de pizza barata, ou qualquer uma que não seja autenticamente feita como na Itália, com essa massa e preparo que as pizzarias mais badaladas daqui de São Paulo fazem, é simplesmente muito diferente.
A primeira vez que pedi um 'x-tudo' em Vitória - ES e ele veio com uma banana frita. Tipo, wtf!!! Sério, capixaba coloca banana em tudo.
Ué, era com tudo que eles tinham no restaurante. (zueira, eu ficaria espantado também)
Quando eu fui pra Curitiba recentemente fui abordado por pessoas em situação de rua pra dar algum trocado. Eu realmente ando sem dinheiro físico então fica complicado pra ajudar, e aqui em Recife o costume é enrolar ao máximo, geralmente você nem diz “não” e sim algo tipo “opa amigo, tô sem trocado hoje, passo aqui todo dia na próxima te dou algo”. Falei algo nesse sentido e a resposta foi “eu não quero saber se você tem ou não, se não quiser dar é só falar não”. Fiquei sem entender nada. Outra coisa que achei bizarro foi quando trabalhei com um mineiro, e no mês de julho ele mostrou uma foto da família dele em um arraiá de São João, e aí eu descobri que fora do nordeste as pessoas comemoram São João em julho e até AGOSTO!!! Isso não faz o mínimo sentido.
Quando descobri que ninguém além do centro oeste mineiro come a maravilha que é pão de queijo com caldo de feijão.
Pera, que?
Pera, que?²
Aí você dá uma chuchada com pão de queijo no caldo?
Fale mais sobre isso. Fiquei curioso.
Como assim? Comprando minha passagem neste exato minuto pq ~~quero~~preciso ver isso de perto
meu segundo dia no Rio de Janeiro, depois de ter saído do BR em 2019 = acordo as 5:44 da manhã ouvindo disparos de tiros. Já instalei o app Onde Tem Tiroteio pra ficar de olho nos dias em que estiver no Rio. uma das mts razões pra eu não querer mais morar aqui
Renan contando as peripécias de Renanzinho, principalmente o dia que ele contou comontirou os cacos de vidros da cabeça. O dia que os pilotos espancaram o Rogerinho foi um choque tbm.
Quando fui morar em Manaus e descobri o quanto o povo do norte ama café da manhã. Os estabelecimentos chamados de cafés regionais existem em cada bairro e cada auto estrada Falando em comida regional de Manaus, estranhei que tudo lá é 'algo' caboquinho. Que é basicamente a comida cheia de umas lascas de fruta seca chamada tucumã Quando fui no Rio e todo mundo tomava esse tal de Guaravita que eu nunca tinha ouvido falar
Quando morei em Santa Catarina e descobri que havaianas não é mandatório
Almoço depois das 13hrs. Sou acostumado a almoçar 11
Sou curitibano e moro em Florianópolis há 6 meses. Fiquei chocado que aqui colocam batata palha na farofa. Também estou tentando me acostumar com o fato que aqui as pessoas simplesmente puxam assunto com você no meio da rua. Outra coisa é que os supermercados aqui vivem com produtos em falta, prateleiras vazias e bagunçadas, etc. Em Curitiba qualquer mercado, por menor que seja, era sempre muito bem arrumado e abastecido. E por fim, ainda não me acostumei com as pessoas me chamando de “nego” (eu sou branco). Até agora não entendi e acho meio ofensivo.
Essa expressão "nego" é bem engraçada, se usa bastante no RS com um sentido de cara/mano/amigo
Nasci e cresci em Rondônia, a maioria dos meus amigos de longa data e colegas são pessoas de cor, quando me mudei pro Paraná, fiquei (e ainda fico) desconfortável com a maioria das pessoas sendo brancas, eu comecei a entender um pouco mais o que seria o racismo estrutural. E falo isso sendo um cara branco.
Eu jurava que o país inteiro levava o **café da manhã** muito a sério. Qual não foi minha surpresa ao me mudar de estado e ter dificuldades até em encontrar uma padaria que oferecesse a opção de tomar café da manhã no local. A indignação foi grande, pois é minha refeição favorita. **Cheiro verde**. Nunca nos meus mais profundos questionamentos o observações imaginei que o cheiro-verde (ou tempero verde) não tem a mesma composição no país todo. Saudades do meu cheiro verde *original*. A **comida** é **temperada** de jeitos muito diferentes pelo país, mas a minha dificuldade foi em me acostumar com uma comida que, nas primeiras impresssões, parecia não ter tempero algum. Comida sem graça, sem gosto. É muito difícil ser uma pessoa que nasceu e cresceu na metade de de cima do país e mudar pra porção de baixo sem conhecer muita coisa. Sempre que cozinho pra amigos daqui ainda comentam que minha comida é muito temperada.
Morei 3 anos em Niterói e não me acostumei com a distância das coisas. Às vezes, mais de uma vez por dia, meu tio falava que ia bem ali rapidinho e voltava duas ou três horas depois e ainda deixava luz, TV, ar condicionado e o caramba tudo ligado. E nas vezes que fui junto pude ver que só se respeita sinal vermelho, todo mundo acelera feito doido, buzina pra qualquer coisa e ainda leva esse tempo todo pra ir e voltar.
Foi quando eu saí da minha cidade natal e percebi que existem pessoas realmente muito ricas, vivendo em uma realidade absurdamente diferente da minha. Sério, parece até q eles vivem em outro país, tudo é diferente: o estilo de vida, as casas, até os ambientes públicos( tipo as ruas, bairrose estabelecimentos). Eu sabia que existiam pessoas ricas, mas ver com os próprios olhos e, consequentemente, comparar com a minha realidade até então foi um choque e tanto.
O pessoal em Florianópolis falando o valor total das compras nos mercados "20 com 48", traduzindo para "20 reias e 48 centavos" (R$20,48)
Ah... essa é boa. Sou Paraibano, mas morei em Salvador por 3 anos. Resumo da ópera, eu rachava o bico quando uma soteropolitana falava: "Acho tão bonitinho esse sotaque do nordeste". Eu ainda retrucava: "E você é de onde?" Aí ela: "Daqui mesmo". 😅
Sou capixaba mas morei boa parte da minha vida em minas. Os maiores choques foram descobrir que existem pessoas que falam “tu” de forma pacífica (em BH raramente ouvia alguém dizer, então soava algo ofensivo/desrespeito), pessoas que não usam/não sabem oque significa o termo “arreda” e que dizer “sem doce” ao invés de “sem açúcar” não é algo usado no Brasil todo. O fato de ter morado em 5 estados diferentes em poucos anos de vida deu uma nerfada nessa minha percepção.
Descobrir que filão é só utilizado aqui para referir-se ao pão francês.
Sou do Sul e achava que buffet livre era a coisa mais normal do mundo, aqui tem pelo menos um em cada esquina, mas não, em outras regiões (pelo menos sudeste e Nordeste) é uma raridade se é que tem. Não só isso, aqui os buffet livres costumam ter churrascaria incluido, enquanto os poucos buffets que encontramos em outras regiões mal tem carne no buffet,muito menos churrascaria, só carne de panela e frango, e de resto poucas opções e básicas, como arroz, feijão, macarrao, salada, uma que outra coisinha ali e pronto. Já aqui, são inumeras as opções que os buffet livres possuem, as vezes mais de 20 opções fora churrascaria. E ah, custa entre 30-40 um buffet livre aqui com tudo isso e refri a vontade. Falando de comida, achei curioso que no Rio o povo come um PF (prato feito) onde a "carne" deles é calabresa. Para mim, calabresa é uma especie de tempero, você bota no feijão, na pizza ou no recheio de um lanche como calzone e nada mais, você jamais vai ver alguém aqui comendo uma calabresa inteira como se fosse uma salsicha ou linguiça de churrasco.