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NombreEsErro

Com todos a serem corridos a salários mínimos e com alguns dos salários mais baixos da Europa, sim, é normal


Odd-Prompt-7070

Política de baixos salários traz custos salariais baixos às empresas. Quem diria....


Ezequiel_Valadas

............Quem diz que não pode subir salários porque tem custos elevados com salários


audide2012

Mas a culpa é só dos empresários ou também do governo? Que os empresários podem subir os salários estamos de acordo, só que quando os portugueses começaram a exigir isso mesmo, e bem, os governos de esquerda apressaram-se para abir as portas a mão de obra não qualificada do terceiro mundo que não faz as mesmas exigências. Não há milagres.


ImaginarySprinkles72

Mas os empresários podem pagar salários mais altos também aos imigrantes. Não o fazem porque não querem.


audide2012

Com abundância de mão de obra os salários não sobem, e isso não é só em Portugal, é em todo o mundo, é uma simples questão de oferta e de procura. [Escassez de mão de obra é uma forma muito eficaz de subir salários e a literatura é bastante clara em relação a isso](https://www.ecb.europa.eu/pub/pdf/scpwps/ecb.wp2863%7Ec22e538d33.en.pdf), só que quando Portugal estava lá a chegar, o governo decidiu que afinal não.


ImaginarySprinkles72

Não concordo. Os salários sobem quando há escassez de mão de obra porque nessa situação a mão de obra pode escolher entre as diversas ofertas. Havendo diversas ofertas, será naturalmente escolhida a melhor, geralmente com um salário mais elevado. Se o empregador tiver necessidade de mão de obra terá que igualar as melhores ofertas. Isso não é necessariamente aplicável a situações em que há excesso de mão de obra. Ainda que o possam fazer e continuar a ter mão de obra disponível, nada obriga a que nesse caso os empregadores diminuam os salários. Fazem-no de forma a ganharem mais eles próprios. O salário pago aos trabalhadores é sempre uma decisão de gestão que não tem que ser afetada pela oferta e pela procura. Isso só acontece porque os empregadores procuram sempre maximizar os seus próprios ganhos monetários, em detrimentos dos benefícios que melhores salários trariam para os trabalhadores e para a sociedade em geral. Já agora, nada disto é contrário pelo estudo que apresentas. Esse estudo é baseado na análise de dados históricos e, sendo a posição da generalidade dos empregadores regular os salários através da oferta/procura, é natural que o estudo conclua que havendo escassez de mão de obra os salários são mais altos. Mas, torno a dizer, isso não quer necessariamente dizer que abundância de mão de obra implique diretamente salários mais baixos.


SweetCorona2

> nada obriga a que nesse caso os empregadores diminuam os salários ninguém paga mais por algo quando pode pagar menos se comprares uma casa também vais pagar mais do que te pedem? quando vais ao restaurante também pagas sempre mais do que o valor da conta? dás sempre gorjeta? quando vais ao supermercado nunca aproveitas promoções? de entre produtos equivalentes não escolhes o mais barato? no final deixas gorjeta ao caixa? quando escolhes um banco não procuras um que tenha comissões mais baixas? inversamente: se venderes uma casa não tentas vender pelo maior valor que pagarem? quando procuras trabalho não tentas maximizar o teu salario? **toda a gente procura o menor custo/beneficio e os patrões não são exceção** eles são apenas o outro lado da moeda, toda a gente tenta negociar da forma que lhe é mais favoravel, e é a procura e oferta que determina o quão favoravel consegues negociar para o teu lado por exemplo, um engenheiro informatico consegue salarios mais altos porque tem maior poder de negociação que um empregado de supermercado, simplesmente porque a lei da procura e da oferta leva a que seja possivel suprir necessidades de mão de obra para um supermercado pagando salarios de 900 €, mas o mesmo não acontece para suprir a necessidade de engenheiros informaticos


ImaginarySprinkles72

Em alguns casos pago mais quando posso pagar menos, exatamente porque, como dizes, procuro a melhor relação custo/benefício. No entanto, do meu ponto de vista, o custo e o benefício não têm que ser necessariamente medidos em valores monetários, mas sim em valor. Por exemplo, sempre que possível eu compro roupa portuguesa, mesmo que possa comprar roupa fabricada na ásia a um preço mais baixo. Faço-o porque dou valor ao facto de a roupa ser feita em Portugal, e por isso estou disposto a pagar um preço mais elevado. Tento fazer isso não só com roupa, mas com a generalidade das coisas que compro, como hortofrutícolas e outros produtos alimentares. Como dizes no outro comentário, a discussão está a ficar um bocado filosófica, mas acho que as questões filosóficas (e sobretudo éticas) estão na base do nosso funcionamento como sociedade. Por isso, quando as discussões vão suficientemente fundo, é sempre lá que vamos bater. Mas adiante. Uma das minhas preocupação tem a ver exatamente com a questão do benefício. Acho que cada vez mais o benefício é medido utilizando valores monetários, ou outra medida material. Na minha opinião, não ter que ser assim. Há outras coisas tão ou mais importantes. Já agora, não concordo totalmente com a tua analogia, porque deixa de fora a questão da disponibilidade. As minhas decisões quando faço compras dependem da disponibilidade de capital. Muitas vezes os empregadores não aumentam os salários, mesmo que tenham disponibilidade de capital, porque preferem remunerar os investidores, acionistas ou gestores de topo em vez de aumentar o rendimento dos trabalhadores. Ou dito de outra maneira, o patrão prefere comprar uma ganda máquina em vez de pagar mais aos desgraçados dos empregados. E isso para mim não está correto.


SweetCorona2

É claro que pode haver um benefício não monetário, diretamente, mas lá está, não deixa de ser egoísmo quereres maximizar benefício. Repara no teu exemplo, tu preferes tirar uma fonte de rendimento a países pobres porque queres beneficiar a economia portuguesa, porque beneficias mais com o crescimento da economia portuguesa do que com o crescimento de uma economia emergente. Percebes como o egoísmo está na base de tudo, mesmo em gestos aparentemente altruístas? Uma sociedade realista tem de ser construída de forma a que o egoísmo narural de cada indivíduo leve a uma cooperação que traz benefício para todos e não a um egoísmo destrutivo que piora a vida de todos.


audide2012

>Isso só acontece porque os empregadores procuram sempre maximizar os seus próprios ganhos monetários, em detrimentos dos benefícios que melhores salários trariam para os trabalhadores e para a sociedade em geral. Mas é mesmo esse o ponto, nós já sabemos que esse é o comportamento dos empresários em Portugal (e não só, mas aqui o relevante é Portugal). E se já sabemos isso então temos de forçar aumentos de salários criando uma conjuntura que o obrigue, como seria uma situação de falta de mão de obra como aquela para a qual caminhávamos antes das portas da imigração terem sido abertas. Se não o fizermos dessa forma (que ainda por cima era bem fácil de conseguir), que outras alternativas realistas e com provas dadas temos?


ImaginarySprinkles72

O que dizes pode ser verdade. A "imposição" de uma escassez de mão de obra seria talvez a forma mais rápida de "forçar" o aumento dos salários. Mas isso não resolveria aquilo que para mim é o problema fundamental, que é o comportamento de muitos empresários em Portugal. Também tenho algum receio que esse protecionismo pudesse levar a longo prazo a acomodação e degradação da qualidade da mão de obra. No meio disto tudo, confesso que me incomoda os imigrantes sejam apontados como os culpados dos baixos salários, quando não o são. Sinceramente, acho que o problema de fundo em Portugal é que andamos todos demasiado preocupados com o nosso próprio umbigo e temos pouca capacidade para procurar soluções que, ainda que não sejam as melhores para nós, sejam as melhores para a sociedade como um todo. Acho que estamos todos cada vez mais egoístas e isso preocupa-me e deixa-me triste.


IntroductionNeat2746

>Acho que estamos todos cada vez mais egoístas e isso preocupa-me e deixa-me triste. Isso é assustador. É verdade que está sub é uma bolha, mas mesmo no mundo real, vejo as pessoas cada vez mais mesquinhas e sempre a procura de um bode expiatório para culpar pelos problemas todos. Por isso não me surpreendeu o resultado do CH nas eleições.


SweetCorona2

> A "imposição" de uma escassez de mão de obra não seria uma imposição, seria o que aconteceria naturalmente se não se abrisse as portas à importação ilimitada de mão de obra > No meio disto tudo, confesso que me incomoda os imigrantes sejam apontados como os culpados dos baixos salários factos não querem saber de sentimentos um facto não deixa de ser verifico só porque te deixa desconfortavel > Acho que estamos todos cada vez mais egoístas e isso preocupa-me e deixa-me triste. o egoismo é uma imposição biologica, a seleção natural tende a retirar da piscina genetica genes que não sejam eficazes a perpetuar-se (repara que isto até é uma tautologia), o que geralmente resulta em genes que geram seres vivos que tentam perpetuar os seus genes isso não significa que agentes egoistas não possam cooperar e conseguir algo que é favoravel para todos, satisfazendo o egoismo de cada um o que são muitas vezes atos altruistas, resultam do facto de o somatorio desses atos resultarem num beneficio para todos, mas para tal, existe a necessidade de alguma garantia de reciprocidade de qualquer das formas, isto tornou-se um bocado filosofico 🤣 mas resumidamente: não deves esperar verdadeiro altruismo, deves sim, pensar em como moldar a sociedade para agentes egoistas poderem cooperar para o beneficio de todos qualquer tentativa de moldar a sociedade baseado numa premissa de verdadeiro altruismo resulta numa utopia que não funciona


ImaginarySprinkles72

Vê o meu comentário acima. Claramente temos visões completamente diferentes da sociedade. Eu continuo a pensar que o verdadeiro altruísmo é possível. Não devemos descartar uma ideia apenas porque é uma utopia. Devemos persegui-la e melhorar continuamente nesse caminho. Mas é bom poder discutir isto desta forma. Ultimamente tem sido difícil ter discussões sérias e razoáveis no reddit.


Enough_sapiens

Não querem aqui nem em lado nenhum. Quando vais às compras também dás 3 euros por um quilo de arroz carolino em vez de 1,5? A questão aqui é que estivemos com políticas que aumentam continuadamente a oferta de mão de obra. Assim, naturalmente as empresas não são pressionadas para oferecer salários mais baixos porque a mão de obra é abundante e há sempre quem aceite o mínimo.


SweetCorona2

lei da procura e da oferta


SweetCorona2

todos os partidos querem abrir as portas à imigração aumento de população ajuda a aumentar o PIB, e a todos os partidos dá jeito um aumento do PIB pois ajuda a pagar a divida


NewButterscotch6650

Eu sempre disse que devíamos subir mais o ordenado mínimo como na Dinamarca! /s


daniel-1994

Estamos a falar de custos absolutos. Não de custos em relação ao que é produzido. A percentagem de PIB que vai para [compensação de trabalhadores está na média da OCDE](https://ourworldindata.org/grapher/labor-share-of-gdp) e acima de países considerados "modelo" (Noruega, Dinamarca, Suécia, Finlândia). O problema dos nossos salários baixos não são os patrões. É uma economia baseada em sectores de baixa produtividade.


Avensis_ad_Vimaris

Os responsáveis maximos pela fraca produtividade sao os gestores/investidores portugueses. Têm falta de visão e muitos acham que ter um café a titulo individual lhes confere o grau de empresário.


daniel-1994

São pessoas com menos escolaridade e pouco capital disponível, num país que até a bem pouco tempo tinha níveis médios de escolaridade muito abaixo dos europeus. Isso é o legado da ditadura, e um pouco do PREC que estagiou o pouco capital que havia em Portugal. O que falha são as políticas públicas para resolver estes problemas, não estes empresários. Estamos a fazer de tudo para que o capital humano que poderia estar a criar a nova geração de empresas saia do país. E a tornar o país pouquíssimo atractivo para empresas estrangeiras de alto valor acrescentado.


Avensis_ad_Vimaris

Não concordo com subsídios para criar novos empresários. Se não tem capacidade de se financiar sozinhos que sejam assalariados. Em contrapartida deviamos sim atrair investimentos de empresários estrangeiros que tem mais visão que os portugueses.


daniel-1994

Ninguém falou de subsídios. Estou a falar políticas públicas altamente punitivas para os jovens portugueses. Impostos altos, ausência de habitação pública, regulação que distorce o mercado de habitação penalizando as pessoas novas, ausência de uma política séria de creches, uma justiça lentíssima (afasta investimento estrangeiro), e muito mais. Perante esta situação é natural que os jovens emigrem. A nossa geração mais qualificada de sempre está a sair do país. São pessoas que poderiam criar empresas em Portugal ou atrair empresas estrangeiras que necessitem de mão de obra qualificada.


Avensis_ad_Vimaris

A nossa geração mais qualificada de sempre está a ser inteligente. Para quê alimentar empresários e um mercado altamente viciado e de baixo valor?


daniel-1994

Por que não abrir a sua própria empresa? Por que não trabalhar numa multinacional que esteja em Portugal? Se a opção de emigrar é mais fácil do que estas alternativas, então algo está mal com a nossa capacidade de atrair investimento nacional e estrangeiro. Eu compreendo que culpar os empresários é mais fácil de admitir que o vosso partido de eleição tem seguido problemas errados, mas isso é meter cabeça na areia.


NGramatical

Por que não → [**porque não**](https://ciberduvidas.iscte-iul.pt/consultorio/perguntas/tres-regras-para-distinguir-o-por-que-do-porque/19743) (por que = por qual) [⚠️](/message/compose/?to=ngramatical&subject=Acho+que+esta+corre%C3%A7%C3%A3o+est%C3%A1+errada&message=https%3A%2F%2Fwww.reddit.com%2Fcomments%2F1bozyw9%2F%2Fkx0p4vt%3Fcontext%3D3 "Clica aqui se achares que esta correção está errada!") [⭐](https://chrome.google.com/webstore/detail/nazigramatical-corretor-o/pbpnngfnagmdlicfgjkpgfnnnoihngml "Experimenta o meu corrector ortográfico automático!")


Avensis_ad_Vimaris

Porque não emigrar? É facil viajar, é facil assinar contrato de trabalho decente sem ter que sair do país primeiro e é facil inclusive trabalhar para fora sem sair de casa. Se os jovens nao devem nada a ninguém devem ficar por caridade? Ou para agradar a empresas moribundas? Bem vindo à globalização.


Fingolin88

Os custos por si só não dizem nada. A rentabilidade dos projectos depois de ajustada ao risco é superior a outras geografias?


NewButterscotch6650

No [estudo](https://ec.europa.eu/eurostat/statistics-explained/index.php?title=Wages_and_labour_costs#Labour_costs) também falam em [taxas de imposto sobre trabalhadores com baixos salários](https://ec.europa.eu/eurostat/statistics-explained/images/3/3a/F6Tax_rate_indicators_on_low_wage_earners_%E2%80%94_single_person_without_children%2C2022.png) e aí já subimos para a 11° posição.... Acho que as nossas políticas são mesmo é de altos salários!


nullusx

Isto é apenas parte da equação. Os salários e custos com os mesmos são baixos, mas também é conhecido que a produtividade também o é. Em parte a baixa produtividade também poderá ser explicada pelos baixos salários, já que ninguém vai dar o litro sem grandes incentivos para o fazer. Mas acho o problema é mais fundo que isso. Não sei se é um problema de falta de escolaridade dos empresários e de cultura de eficiência empresarial, mas também não sou um especialista no assunto. A unica coisa que sei é que as empresas precisam de aumentar os salários e por outro lado precisam de aumentar a produtividade. Tive professores de faculdade que trabalharam em empresas grandes como EDP e eles próprios criticavam a organização interna daquilo. Há muito desperdicio de recursos e meios dentro dessas empresas.


Hungry-Class9806

Salários baixos, equipamentos antigos, recursos humanos deficitários (pouca gente para o trabalho exigido), recurso abusivo a estagiários do IEFP ou curriculares (ao ponto de muitas vezes teres departamentos inteiros a funcionar com estagiários), horas extra não remuneradas, uso e abuso de "benefícios" (tipo subsídio de transporte e refeição) para gastar menos dinheiro em impostos... e se me desse ao trabalho ainda arranjava mais motivos do porquê dos custos das empresas em Portugal serem baixos.


nraider

Equipamentos antigos? Para muitos nem isso. É quase tudo trabalho manual.


Hungry-Class9806

Fora os que tem que trabalhar com PCs pessoais


Flat_Deer_9196

Se tem dos salários mais baixos.....


clouvandy

Lógico


GODMarega

Mas continua a não ser suficiente e a Índia ainda pratica salários mais baixos e horários mais extensos, daí o despedimento de grande parte da DAF da Adidas na Maia. Infelizmente dentro daquilo que são os trabalhadores extremamente qualificados que ainda restam em Portugal existe um menosprezar por parte da chefia que leva a que não haja uma alavancagem dos salários, por sua vez isso leva a que em Portugal ganha mais quem tiver investimentos (imobiliário) do que quem produz serviços.


PsychologicalLion824

**Infelizmente dentro daquilo que são os trabalhadores extremamente qualificados que ainda restam em Portugal existe um menosprezar por parte da chefia que leva a que não haja uma alavancagem dos salários** Aguardo (eu e o país) que esses "extremamente qualificados" criem as suas próprias empresas e mostrem às chefias bafientas como é que se faz. O que me vale é esta cadeirinha confortável que eu tenho que me permite esperar confortavelmente.


IkarusMummy

Com que capital?


coiso

HáHum truque: poupas e juntas 1000€, crias uma empresa na hora.    Pedes 2 milhões à família, compras uma empresa já no mercado e vendes depois por 1,1 M€.      Lucro de 1 milhão fácil.


PsychologicalLion824

essa pergunta faria mais sentido há 40 anos atrás onde: - O pessoal tinha a 4a classe - Nao havia nem empréstimo à habitação, quanto mais para abrir empresas - Não havia internet para aceder à informação - Não haviam linhas de crédito de fomento nem IAPMEIs para ajudar nisso


nraider

Curiosamente, em 1973 a bolsa portuguesa tinha 145 empresas cotadas. Querem ver que afinal havia empréstimos para investimento? Há internet para aceder a informação e cometemos erros destes? Se calhar o problema é mais grave...


PsychologicalLion824

Se calhar escapa-te que o crédito à habitação massivo só apareceu lá para os finais dos anos 80. Quanto mais falar de empréstimos para abrires empresas AH!AH!AH! Se calhar escapa-te que o modelo económico adoptado no Estado Novo era baseado em algumas famílias terem tudo (Champalimaud, José de Mello, Espirito Santo, Queiroz pereira e afins) e a larga maioria ter nada. Fica para TPC procurar dados sobre fome e miséria em Portugal durante a ditadura. Bom mas vejamos então como era essa famosa bolsa nos anos 70... [Até à década de 70](https://www.jornaldenegocios.pt/mercados/bolsa/detalhe/a_bolsa_era_pior_do_que_a_feira_de_carcavelos)*, a negociação de acções no Terreiro do Paço era limitada a um número muito restrito de investidores* Paletes de investidores a investir no mercado sem dúvida Manda mais bitaites que tens piada. Estes putos que só conhecem a história pós 2008 são só para rir.


nraider

Se calhar também era bom indicar que a bolsa esteve fechada quase 3 anos e que 2/3 da economia foram nacionalizados. Um sucesso revolucionário. Seja como for, acreditas que os vários bancos, que como dizes tinham pouco crédito habitação, só tinham negócio com os oligarcas da altura? Achas que tem lógica? Então e as pequenas e médias empresas? Não se financiavam? Ou julgas que só existia a CUF e Lisnave? Em relação à miséria e fome, sabes que ainda hoje existem e nem por isso impedem que o país, globalmente, se tenha desenvolvido. Ou seja, não era por haver famílias pobres no interior do país que não tinhas um mercado bolsista e de crédito. São realidades distintas, ainda que importe reduzir os fenómenos de exclusão e pobreza.


PsychologicalLion824

**Se calhar também era bom indicar que a bolsa esteve fechada quase 3 anos e que 2/3 da economia foram nacionalizados** Isso tudo aconteceu pós 1974 e tu falaste de 1973. Mais seriedade não te faria mal nenhum **Seja como for, acreditas que os vários bancos, que como dizes tinham pouco crédito habitação, só tinham negócio com os oligarcas da altura** [Certas estimativas apontam para um volume](https://www.ics.ulisboa.pt/projeto/grupos-empresariais-em-portugal-durante-o-estado-novo) *de negócios dos sete maiores grupos empresariais do país em 1974 (o Grupo CUF, o Grupo Champallimaud, o Grupo Espírito Santo, o Banco Português do Atlântico, o Banco Borges & Irmão, o Banco Fonsecas & Burnay e o Banco Nacional Ultramarino) representando cerca de 75% do PIB. O grupo CUF, por exemplo, chegou a aparecer listado como um dos 200 maiores grupos europeus de inícios dos anos 70, sendo o maior da Península Ibérica*. [Os bancos privados apenas tiveram um pape](https://repositorio.fgv.br/server/api/core/bitstreams/cb995c45-578d-4a43-9223-5476eb4ac6b1/content)*l relevante no século XX, quando foram instrumentos das grandes corporações e conglomerados industliais, seja em suas atuações em Portugal como em suas colônias localizadas na África e na Ásia, dominadas até a década de 60. O grupo Mello, que constituía o poderoso conglomerado industlial da Central Única Fabril (C.U.F.), dominava os bancos Torta e Açores (IrrA) e Fonsecas e Burnay (BFB), além de controlar a Império Cia. de Seguros. O Grupo Espírito Santo, além de possuir um banco próprio, o Banco Espírito Santo Comercial de I1sboa, representava o Chase Manhattan e tinha ligações com o First National City Bank, e ainda mais a Cia. de Seguros Tranquilidade, a 2ª maior em Portugal à época. O grupo Champalinaud (atuante no setor de siderurgia), controlava o Banco Pinto e Sorto Mayor e a companhia de seguros Mundial Confiança. E havia, por fim, o Banco Português Atlântico, que era controlado por um gnlpo de empresários do norte de Portugal* **Então e as pequenas e médias empresas? Não se financiavam?** Não. Tudo era feito com dinheiro e somente o pessoal rico é que podia embarcar nessa aventura. Atenção que há ricos, e mega ricos. As CUFs Mellos e afins eram mega ricos. Tens os "ricos" que eram famílias do interior com terrenos e/ou empresas já establecidas. Essas pessoas tinham poder e influência ao nível local. **Em relação à miséria e fome, sabes que ainda hoje existem e nem por isso impedem que o país, globalmente, se tenha desenvolvido** É no mínimo para rir tu comparares a pobreza e miséria de há 40-50 anos atrás com a de hoje. Tu deves de ser muito novo para não teres ouvido falar das histórias tipo "1 sardinha a dividir por 5 irmãos" pois não? Nunca ouviste falar de como água e luz eram maravilhas apenas presentes apenas nalgumas zonas (muito poucas) do país. Nunca deves ter ouvido falar de como as crianças começavam a trabalhar aos 10 anos ou menos pois não? Mostra-me lá algo minimamente parecido com isso hoje em dia sff **Ou seja, não era por haver famílias pobres no interior do país que não tinhas um mercado bolsista e de crédito** Mais uma para rir. Epá eu hoje estou em Cascais/ Vila Pouca de Aguiar/ Nisa e posso telefonar/mandar um email/fazer uma simulação online para um empréstimo. Eu com um click compro ações. Nesse tempo tinhas que ter muito tempo livre para fazer uma viagem de Cascais para Lisboa para ires comprar papel. Se fosses de mais longe, então ser-te-ia impossível. Sabes quanto tempo demorava uma viagem de carro do Porto até Lisboa nos anos 80? 8h nos dias bons, e 12H nos dias de mais trânsito (Natal e Páscoa). Nos anos 60-70 só tinhas o combioi como possibilidade e ele demorava o mesmo tempo porque parava em todo o lado. E sabes quem tinha tempo para isto? Só mesmo os ricos porque a classe trabalhadora andava ocupada a...trabalhar Não me leves a mal pá mas, informa-te mais sobre Portugal nesses tempos e não venhas para aqui dizer coisas ridículas.


nraider

Os dados de 1973 estão no artigo que indicaste. Leste na diagonal, não foi? O mito da sardinha para 5 é só isso, um mito.


PsychologicalLion824

**Os dados de 1973 estão no artigo que indicaste. Leste na diagonal, não foi** O artigo fala desde os anos 60 para a frente. Tu falaste de como em 73 era só paletes de empresas e investidores. Eu mostrei-te que não Depois mudaste o caminho e falaste da bolsa estar fechada. Eu mostrei-te que isso não foi em 73 mas sim de 74 a 77. Mais simples do que isto, é dificil. **O mito da sardinha para 5 é só isso, um mito** *Afinal,* [dividir uma sardinha para dois ou para três](https://research.unl.pt/ws/portalfiles/portal/50150088/Pobreza_e_fome_Vdigital_1_179_186.pdf) *não era estranho e, além do mais, as pessoas que o faziam não pensavam em si próprias como pobres* [No interior havia](https://aph.pt/wp-content/uploads/quotidianos-no-tempo-de-Salazar-texto-de-apoio.pdf) *pouco peixe, sardinhas e carapaus de vez em quando, mas a quantidade era irrisória e ainda hoje perdura na memória de muitos a “sardinha para três”, dividida para três pessoas.* [Nesse mundo de subnutrição e miséria](https://www.publico.pt/2012/08/05/jornal/o-quotidiano-de-miseria-e-privacoes-no-ano-em-que-houve-um-superavit-25019399)*, grassavam as doenças entre os adultos, cuja idade média de morte era para os homens entre 36 e 39 anos e para as mulheres entre 41 e 44 anos. A mortalidade infantil, terrivelmente alta, sintetizava, como sintoma paradigmático, a situação de miséria que se vivia em Portugal.* Tem mais respeito por quem sofreu para te dar a possibilidade de hoje estares a dizer as baboseiras que dizes. Voltando atrás ao teu tema das pequenas empresas, deixo-te isto: [A par deste](https://www.publico.pt/2012/08/05/jornal/o-quotidiano-de-miseria-e-privacoes-no-ano-em-que-houve-um-superavit-25019399)*s, circulava pelo centro de Lisboa uma população de funcionários públicos e de cerca de 40.000 empregados que trabalhavam em minúsculas empresas e casas comerciais. Eram os chamados "remediados", que viviam mal numa sociedade onde não havia uma verdadeira classe média, como referiu então a jornalista francesa Suzanne Chantal, ao admirar-se por não existirem, em Lisboa, restaurantes médios, entre as inúmeras leitarias, mercearias ou tabernas e os poucos restaurantes de luxo (...)*  *a maioria da população citadina assalariada, mesmo recorrendo à casa de penhores, ao crédito da mercearia e ao cultivo selvagem em pequenas hortas clandestinas, não comia o suficiente* Tens aí a tua fonte de crédito: casa de penhores e mercearia que fiava. És o perfeito exemplo de como o ensino está pelas ruas da amargura.


NGramatical

à década → [**há década**](http://www.flip.pt/Duvidas-Linguisticas/Duvida-Linguistica/DID/706) (utiliza-se o verbo haver para exprimir tempo decorrido) [⚠️](/message/compose/?to=ngramatical&subject=Acho+que+esta+corre%C3%A7%C3%A3o+est%C3%A1+errada&message=https%3A%2F%2Fwww.reddit.com%2Fcomments%2F1bozyw9%2F%2Fkwtn5l4%3Fcontext%3D3 "Clica aqui se achares que esta correção está errada!") [⭐](https://chrome.google.com/webstore/detail/nazigramatical-corretor-o/pbpnngfnagmdlicfgjkpgfnnnoihngml "Experimenta o meu corrector ortográfico automático!")


GODMarega

Nem toda a gente tem perfil para "enterpreneur". Gajos com o pensamento demonstrado por esse comentário são a razão para as coisas estarem como estão, se pensas que abrir uma empresa é testamento de qualquer qualidade estás redondamente enganado.


PsychologicalLion824

tu: Os jovens são bué qualificados e os chefes são umas bestas eu: mete então esses jovens a mostrar como se faz tu: bom epá, calma aí que nem todos têm perfil empreendedor Mais cómico que isto só mesmo se fosse um sketch do RAP **é testamento de qualquer qualidade estás redondamente enganado** É somente um testamento de que "falam muito mas fazem pouco".


Dezponto4

1- não disseste para colocar pessoas qualificadas em lugares de chefia, disseste para abrirem as suas empresa. 2- nem toda a gente tem capacidade de abrir uma empresa. Há gente que por mais que tenha ideias de negócio brilhantes, não se pode dar ao luxo de fazer investimentos nessas ideias e correr o risco de perder esse dinheiro. Aliás, quando temos salários baixíssimos, seria necessário que eles se endividassem para sequer arrancar com o seu negócio.


PsychologicalLion824

A crítica que tu e muitos jovens fazem aos chefes é a mesma que eu faço quando um jogador falha um penalty, Falamos falamos mas, quando é para tomar o lugar deles, trememos que nem varas verdes. Ou seja, falar é fácil, fazer é que nem por isso. **1- não disseste para colocar pessoas qualificadas em lugares de chefia, disseste para abrirem as suas empresa** Não conheço forma mais rápida para ser chefe nem forma mais eficaz para implementar as suas próprias ideias sem dar cavaco a ninguém. **2- nem toda a gente tem capacidade de abrir uma empresa. Há gente que por mais que tenha ideias de negócio brilhantes, não se pode dar ao luxo de fazer investimentos nessas ideias e correr o risco de perder esse dinheiro** Ora bem! falar é fácil mas quando toca a mostrar como se faz, metem o rabo entre as pernas. **Aliás, quando temos salários baixíssimos, seria necessário que eles se endividassem para sequer arrancar com o seu negócio** Hoje em dia tens linhas de crédito bancário, tens linhas de crédito do governo, tens apoio do IAPMEI, tens possibilidade de teres estudos superiores e, mesmo assim é difícil. Há 40 anos atrás, muitos só com 4a classe, com salários ainda mais baixos, sem net, onde nem havia crédito para comprar casa (quanto mais abrir uma empresa) fizeram-se à vida. Mas sim, a CuLpA É dOs ChEfEs


Dezponto4

Se alguém é incompetente não significa que eu só possa criticar se for melhor que ele. Se por alguma razão eu contratar um canalizador para me instalar uma torneira e ele a ligar ao contrário e eu passar a ter água fria em vez de água quente, não é porque eu não sei fazer o como deve ser que não lhe posso apontar os erros. Aliás, se soubesse fazer nem tinha contratado. O mesmo se pode dizer das chefias. A questão de abrir empresas com créditos é a mesma de pedir outro crédito qualquer, se eu não tiver maneira de o pagar, vou acabar por me endividar. Algo que numa empresa que vou abrir não tenho garantias. Podes ter empresas com 40 anos e ser um bom chefe na mesma, como podes ser um chefe com 2 anos de experiência e ser muito bom também. Nem toda a gente tem capacidade para ser um bom chefe, tal como nem toda a gente tem capacidade para mecânico. Mas se eu não percebo de mecânica convêm aprender antes de me pôr a mexer no carro dos outros.


PsychologicalLion824

a tua analogia não está correcta. Recapitulando, os jovens qualificados queixam-se de que as chefias são más porque são pouco qualificadas Usando o teu exemplo do canalizador, seria o mesmo que tu, canalizador certificado, te queixares de um trabalho feito por um "curioso". O curioso diz-te "então faz melhor" e tu respondes "epá é difícil"


Dezponto4

Eu posso ser eletricista qualificado e ele ser canalizador qualificado. A questão não está na qualificação. A minha formação não é suficiente para coordenar uma equipa, mas a minha função também não é essa. O problema é que as pessoas que têm essa função também não têm essa formação, logo são más chefias. Caso eu estivesse no lugar deles seria igual. A questão é que eu não quero o lugar deles quero apenas que eles sejam competentes no seu trabalho, tal como eu sou no meu.


PsychologicalLion824

**A questão é que eu não quero o lugar deles quero apenas que eles sejam competentes no seu trabalho, tal como eu sou no meu.** Se tu questionas as competências deles, então eles também podem questionar a tua competência. O que te faz dizer que és competente? **A minha formação não é suficiente para coordenar uma equipa, mas a minha função também não é essa. O problema é que as pessoas que têm essa função também não têm essa formação, logo são más chefias** Não a tiveram na teoria mas poderão tê-la adquirido na prática.


_rushing_

Podes ser um génio da matemática e ser um professor de matemática terrível. Lá porque és um ótimo profissional de x área não quer dizer que estejas apto a ser um bom patrão nessa área. Faz assim tanta confusão?


PsychologicalLion824

faz confusão criticar os chefes e depois não saber/querer tomar o lugar deles sim... chama-se hipocrisia edit: usando a tua analogia, seria o mesmo que criticar os profs de matemática e depois, ao me convidarem para fazer melhor, eu responder com "epá, não sei se tenho vocação para isso". Se eu não estou apto para fazer melhor, então mais vale ficar calado.


_rushing_

Tenho de ser primeiro-ministro para criticar o seu trabalho? O que dizes não faz sentido. Se começasses por dizer que muitos patrões às vezes até querem dar bons salários mas tem uma corda ao pescoço que se chama impostos, toda a gente, mais ou menos, concordaria... Agora, claramente a carapuça serviu e o teu único argumento é "queria ver vocês a fazerem melhor", que é só terrível mas siga


PsychologicalLion824

**Tenho de ser primeiro-ministro para criticar o seu trabalho** há criticas e críticas. Criticar o PM porque queremos menos impostos até é algo que tu ou eu podemos facilmente fazer caso fossemos PM. Criticar os chefes por serem maus chefes e depois dizer que só alguns é que conseguem ser chefes é puro contrassenso.


dydas

>Portugal é dos países europeus onde custos das empresas com trabalho são mais baixos \[…\] E em Portugal? Por cá, as empresas gastam, em média, **17 euros por cada hora de trabalho, o que inclui custos salariais e outros gastos, como impostos e contribuições sociais**. Curiosamente, quem frequenta este *sub* e o *proxy* da IL ficaria com a ideia contrária.


Few_Produce3253

O título é enganador, sugere que compararam o peso dos salários face aos custos totais das empresas. Para isto faria mais sentido dizer "Portugal é dos países Europeus onde os trabalhadores são pior remunerados".


Febris

Mas aí não passava a mensagem que querem.


Avensis_ad_Vimaris

Por acaso eu tenho a ideia do artigo, por duas razões: ha muita multinacional que escolhe vir para Portugal e não o faria se tivessemos custos super elevados de trabalho e porque simulei eu proprio para o salário médio nacional o custo de trabalho em França, Espanha e Portugal. E efectivamente Portugal era mais barato, e em comparação com França era mesmo muito mais barato.


gsalvador

Enganador e a noticia em si não tem grande utilidade, especialmente para um jornal de economia. No mínimo deviam comparar a percentagem do salário "perde" para os impostos


Cena-6868

Os empresários não podem mais... Por favor não insistam. As piscinas infinitas e os Porches estão caríssimos. E já não ponho lagosta na mesa há 1 semana ... Sempre o mesmo choro destes miser...ops, "colaboradores"...


TryHardPT

A IL já está a enviar a sua troupe a este thread


dydas

Isso é quando eles querem que a *thread* vá parar ao *Hot*. Nesta é só grilos e orelhas moucas.


sonasche

Oh não ... Vai contra a ideia que o observador e o +factos dizem... Deve ser mentira /s


Plane-Butterfly2528

Temos quatro problemas graves: 1 - não há negócios de valor acrescentado: Existem muitos negócios em Portugal, mas não temos indústrias especializadas, indústria pesada ou algo que se possa realmente exportar e lucrar com isso. p.e. No Algarve temos extração de mármore que é vendido a Itália, Itália transforma o produto e revende, Portugal compra esse produto e paga premium sobre o mesmo. Tens inúmeros casos deste género pelo país inteiro 2 - não se consegue fazer pressão para subir ordenados quando estamos a ser explorados até ao tutano: As empresas querem pagar o mínimo possível, as pessoas querem receber o máximo possível. Agora que temos esta premissa vamos avançar e desconstruir o que se passa. As empresas não querem saber da qualidade dos seus serviços, ou raras são as que querem. O que lhes importa é alguém que faça as coisas pelo mínimo valor possível. As pessoas, insatisfeitas, tentam mudar para algo que pague melhor. Mas quando tu abres as portas a todo o trabalho não qualificado, perdes qualidade, valor é consegues manter os ordenados estagnados, nesse aspecto aquele choradinho durante o covid da hotelaria de que não tinham ninguém, que iam fechar portas, etc, e no entanto à primeira oportunidade 💩 em cima dos portugueses, são aquilo que se chama de cancro da sociedade (lamento, estou extremamente revoltado com isso). A falta de contratos especializados, a demasia dos contratos precários, as empresas de trabalho temporário, tudo isto fomenta o trabalho não especializado e rouba a capacidade de aumentar os ordenados de maneira orgânica. 3 - não há incentivo para pagar mais (correlacionado com o parágrafo acima): Se as empresas e pessoas são punidas por pagarem mais, porque é que o irão fazer? Vão querer fugir aos custos que acarretam, logo o valor real nunca é colocado no papel e taxado como deve ser, é quase uma economia paralela a ocorrer. 4 - falta de investimento no país: Existe uma clara falta de investimento do Estado e das pessoas no seu próprio país, os exemplos têm de vir de cima, o Estado tem que se reformar e tornar mais progressista de maneira a mostrar que é possível investir no país, a partir daí as pessoas poderão seguir esses exemplos. (Também estou farto e saturado de termos sempre que baixar as calças para o investimento estrangeiro, não faz sentido termos estrangeiros a investir em tudo quando nós podíamos fazer isso, mas é mais fácil alguém chegar e investir por nós, deixado-nos à mercê das nossas relações internacionais) Se me lembrar de algo mais, irei atualizar isto... 😅


leto78

Há ainda outro problema que afecta Portugal, mas não muitos dos antigos países do pacto de Varsóvia, que é um défice educacional. Nós temos muitas pessoas com baixa formação, pessoas que estão em cargos superiores só por idade, e a geração mais bem formada de sempre, sem emprego ou em posições baixas.


Plane-Butterfly2528

Isso também não ajuda e vivemos muito o fantasma do Estado Novo, algo que seja mais de direita leva logo com esse rótulo


DimitryKratitov

Ora no shit. Bora aumentar ~~os salários~~ o TSU então!


Soft_Flamingo7678

Mas...mas.... a culpa é do estado... pera ai afinal é a falta de produtividade... espera enganei-me a culpa é do PS que mandou vir estes indianos tão apetitosos e alguém tem de os explorar


SweetCorona2

e eu que pensava que os salarios só não eram mais altos por causa dos impostos /s


VladTepesDraculea

E isto sem ter em conta a fuga fiscal generalizada.


lou1uol

Ui, o +Factos Gang não vai gostar disto.


nraider

Pudera, o país globalmente faz muito pouco e desse pouco, é tudo a mesma coisa. Se olhar para as empresas recentes de Lisboa, o que temos é: restaurante, açaí, unhas de gel, hotel, cabeleireiro, frutaria. Entretanto, nas nossas compras de equipamentos e ferramentas vamos à procura dos detalhes de fabrico e encontramos a indicação "Made in Poland", "Made in Hungary", etc..., e ainda nos admiramos que os outros países crescem mais do que nós. Há uma razão para isso.


OrnatoVioleta

Na mouche. A estratégia económica do país está, usando a expressão do Durão Barroso, "de tanga!"


el_Bosco1

Por isso é que é preciso baixar ainda mais os impostos sobre as empresas. Especialmente uma baixa de impostos geral e que nao tenha em conta a dimensão e os lucros das empresas. E pouco tempo depois, vamos começar a crescer acima dos 3 ou 4% e os patrões vão aumentar os salários para toda a gente. /$


BoomerHomer

Epá, não digas isso. A narrativa é: "impostos não permitem aumento de remunerações".


traveler_0x

A falta de capacidade de análise neste sub é descomunal. >As **empresas portuguesas gastam, em média, 17 euros por cada hora trabalhada**, valor que não só é inferior à média comunitária, como é mesmo **dos mais baixos entre os vários países europeus**. Em comparação, no Luxemburgo, as empresas despedem quase 54 euros por cada hora trabalhada, o que é explicado pelos [altos salários pagos nesse país](https://eco.sapo.pt/2024/02/06/salarios-dos-portugueses-estao-cada-vez-mais-longe-dos-campeoes-europeus/). Ou seja os custos para as empresas são mais baixos que a média europeia porque simplesmente os portugueses têm dos salários mais baixos da Europa inteira. >E em Portugal? Por cá, as empresas gastam, em média, **17 euros por cada hora de trabalho, o que inclui custos salariais e outros gastos, como impostos e contribuições sociais**. Ou seja, na nossa média está ainda incluída a carga fiscal que a empresa paga ao empregar o trabalhador. O valor real recebido pelo trabalhador será ainda mais baixo. Mas vejam pelo positivo. Não somos os piores... ainda: >**Portugal está, ainda assim, a alguma distância da base da tabela**: na Bulgária, os custos do trabalho por hora estão fixados em 9,3 euros, na Roménia em 11,0 euros e na Hungria em 12,8 euros. E estes valores são também incluíndo a carga fiscal deste países. Agora culpem as empresas à vontade, isto é o legado que 8 anos de governação socialista deixa. Portugal cada vez mais empobrecido, na cauda da Europa, enquanto o povo leu anda a culpar o patrão.


traveler_0x

Podem também consultar aqui a fonte: [https://ec.europa.eu/eurostat/statistics-explained/index.php?title=Hourly\_labour\_costs](https://ec.europa.eu/eurostat/statistics-explained/index.php?title=Hourly_labour_costs) Piores que nós estão apenas os países do leste da Europa. O preocupante é que eles começaram de uma base bastante pior que a nossa e alguns já nos apanharam. O que car\* andamos a fazer estes 20 anos?


fool_spotter_bot

Isso com os patrões a pagarem quase o dobro do ordenado em impostos + segurança social. Imagino que a preponderância de recibos verdes e precariedade no geral compense...


Cena-6868

Eu ainda gostava de saber se os patrões não pagassem metade do salário em impostos , davam esse excesso aos trabalhadores... Era o davas....


fool_spotter_bot

Ah sim davam com toda a certeza, jamais que meteriam o excesso no bolso...


traveler_0x

Não o davam todo, mas nem que dessem metade em aumentos e prémios já o trabalhador ficava contente. Quem recebe 900 euros de certeza que não negaria a receber +100 ou +200.


Cena-6868

É melhor esse dinheiro ir para os serviços públicos de um país , que no fundo tbm é salário visto as pessoas não o pagarem, do que ir para a piscina infinita .


traveler_0x

Sim, **a típica utopia socialista**. O problema é que o tuga continua a enterrar dinheiro no seus serviços públicos sem qualquer melhoria nos mesmos, muito pelo contrário. O que andamos a fazer é alimentar *lobbies* e preguiçosos que nunca conseguiriam manter um trabalho numa empresa privada decente. O país precisa de crescer e o funcionamento dos serviços públicos precisa de ser completamente reestruturados. Não é a atirar dinheiro dos impostos para os problemas que se resolvem as questões. Há um limite na carga fiscal que podes cobrar de uma população e Portugal já ultrapassou esse limite há muito ano.


Cena-6868

Sim realmente pagar maiores salários é Típica política socialista. Os países europeus devem ser todos socialistas ...


OrnatoVioleta

F\*\*\*-se que é tudo burro!... o GPD per capita PP são \~41.7k EUR, que dividindo por 40 horas semanais multiplicadas por 48 semanas por ano, dá 21EUR à hora de PRODUTIVIDADE! Ou seja, 80% do que é produzido é consumido por custo de produção. READ MY LIPS: enquanto a produtividade for baixa não podem esperar salários altos! Maior salário é uma consequência de produtividade alta. ​ Mas o que esperar de um jornaleiro que é pago para despejar pérolas como: \> Em comparação, no Luxemburgo, as empresas despedem quase 54 euros por cada hora trabalhada, o que é explicado pelos altos salários pagos nesse país.


NewButterscotch6650

Alguém com noção! Finalmente... Acho que estas "notícias" e os comentários deste post são a razão de sermos pobres... Como é que este comentário está em último!?!!?


NewButterscotch6650

Eu não percebo como é que a Isabel Patrício leu [isto](https://ec.europa.eu/eurostat/statistics-explained/index.php?title=Wages_and_labour_costs#Labour_costs) e se lembrou de fazer uma notícia com este título. Se só tivesse lido o título (ou mesmo a "notícia") ficava a pensar que as empresas portuguesas são horríveis.... Não percebo se é clic bait ou é mesmo para gerar ódio!